Pesquisa indica que maioria dos brasileiros quer revisão da reforma trabalhista
Notícia publicada dia 02/03/2022 18:33
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Revisão da ‘reforma’ trabalhista de 2017 é apoiada por 58% dos brasileiros
A maioria dos brasileiros (58%) quer uma revisão da “reforma” trabalhista e apenas 27% se dizem favoráveis ao projeto aprovado em 2017, durante o governo de Michel Temer. Os números são de uma pesquisa feita pela Genial/Quaest. A legislação, alterada sob o pretexto de baratear o custo do trabalho para, desse modo, criar mais empregos, fracassou. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
O Brasil fechou o ano de 2021 com 13,8 milhões de desempregados, maior estimativa da série histórica, iniciada em 2012. Esse número é 59% maior do que o registrado em 2015, último ano antes do impeachment. De lá para cá, o mundo do trabalho viu crescerem empregos precários, a subocupação e a informalidade. Enquanto isso, a renda média caiu e atingiu seu menor nível em uma década.
Desse modo, a pesquisa Genial/Quaest demonstra que os números da má gestão da economia já refletem diretamente na opinião pública. E a recente revisão da reforma trabalhista na Espanha reacendeu o debate no Brasil. Assim como aqui, os espanhóis viram uma legislação que “flexibilizou” direitos fracassar na justificativa de criar empregos. A reforma aprovada em 2012 na Espanha acabou sendo revista, depois de passar por um longo processo de diálogo, envolvendo empresários, movimento sindical e governo. A nova lei trabalhista foi aprovada neste início de ano.
Há quatro anos, as pesquisas já demonstravam que os brasileiros eram contrários à “reforma” trabalhista e às privatizações de empresas públicas. Entretanto, o Congresso eleito em 2018 é considerado um dos mais conservadores da história recente. E que acabou aprovando também a reforma da Previdência.
Reforma perversa
A Reforma Trabalhista reduziu renda, não gerou emprego e precarizou o trabalho. Ao longo desse período, as previsões catastróficas de especialistas foram confirmadas e a reforma, que retirou direitos fundamentais dos brasileiros, só serviu para agravar a crise do emprego, renda e prejudicou drasticamente a categoria ecetista. (Veja também a matéria “Reforma Trabalhista prejudica trabalhadores para favorecer grandes empresário – E agora, quem está pagando o pato?”)
Os sindicatos filiados à FINDECT sempre se posicionaram totalmente contrários à reforma orquestrada para retirar direitos históricos e sem debate e participação dos Trabalhadores. As entidades sindicais mobilizaram a categoria e participaram de atos, com o chamamento da categoria para as greves gerais unificadas, em consonância com as centrais sindicais.
A revisão da reforma trabalhista depende da mudança de perfil do Congresso nas eleições deste ano, as mudanças nas leis trabalhistas em 2017 comprometeram o mercado de trabalho, a Previdência, a própria atividade econômica e principalmente os trabalhadores dos Correios. Pense nisso!
Fonte: Findect