Direção militar bolsonarista da ECT quer calar a categoria em plena Campanha Salarial
Notícia publicada dia 30/07/2021 15:51
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O desgoverno de Bolsonaro está cada dia mais desmoralizado frente ao povo e nas mãos do centrão, mas os militares muito bem pagos que o representam na direção da ECT e seus prepostos continuam destruindo os Correios e atacando seus trabalhadores, e agora querem impedir a organização sindical da categoria para a luta
Nessa Campanha Salarial querem impor reajuste zero, banco de horas e manter os roubos de direitos impostos na pandemia. E para abrir caminho, atacam o direito democrático à organização sindical dos trabalhadores ecetistas, visando conter a mobilização e a luta.
Para isso anunciaram a cancelamento do direito da categoria a ter representantes sindicais liberados do trabalho com seus rendimentos garantidos para fazer o trabalho essencial de percorrer as unidades, dialogar e informar os trabalhadores, mobilizar e organizar a lutar em defesa de suas reivindicações e conquistas.
Mais retrocesso
Ao notificar as representações dos trabalhadores, Federações e Sindicatos, sobre o cancelamento das liberações com ônus para empresa, a direção militar abusa, reprime e oprime com o intuito de dificultar o trabalho sindical e calar a boca de todos, para assim impor ainda mais maldades e retrocessos aos Correios, à categoria e à população.
Tentam trazer de volta um passado em que os trabalhadores eram reprimidos e não podiam se organizar e lutar. Em que suas lideranças eram presas, torturadas e, muitas delas, assassinadas.
Um passado em que só ia à luta poucos heróis que tinham muita convicção da necessidade de enfrentar o sistema, nem que para isso precisassem colocar suas vidas em risco ao enfrentar um regime ditatorial armado, perseguidor e torturador.
Governo corrupto e patronal
Quando o ministro general Heleno cantou a musiquinha “se gritar pega ladrão não sobre um no centrão”, estava prevendo o futuro do governo em que está embarcado e que agora repousa no colo do centrão para sobreviver.
Esse governo só não caiu até agora porque as elites empresariais e bancárias continuam ganhando muito dinheiro, apesar da crise econômica, política e social instalada por suas ações e da soma de acusações diárias de ilegalidades e corrupção.
Nunca calarão os lutadores
Mas ele vai cair, agora com os trabalhadores e o povo nas ruas ou nas eleições de 2022. E o movimento sindical seguirá sendo ponta de lança da luta, tanto nas ruas quanto nas empresas.
Enfrentará a repressão atual e continuará atuando, como fez no passado. Não desistirá, porque entre os trabalhadores sempre há aqueles verdadeiramente comprometidos com a luta da categoria e do povo, que se manterão ativos frente a qualquer dificuldade para resistir e conquistar dignidade para a sobrevivência da população trabalhadora, pobre e desassistida.
Os que agora tentam sufocar os trabalhadores e suas entidades representativas e os calar nesse momento de retrocessos generalizados no país, serão superados como sempre foram na história, porque a vida pulsa na coragem dos que resistem e lutam, principalmente nos momentos mais difíceis!