O deputado maranhense Bira do Pindaré solicitou a audiência para debater e contestar os PLs 591/21 e 7488/17, que atacam o monopólio postal e visam a criar a possibilidade de privatização dos serviços postais

Bira tem sido um dos parlamentares mais ativos na luta em defesa dos Correios públicos, junto com a FINDECT e os Sindicatos. A audiência foi solicitada por ele na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados com apoio dos deputados Angela Amim, Léo de Brito, Luiza Erundina, Merlong Solano, Paulo Ganine e Perpétua de Almeida.

Será realizada no dia 17 de maio, às 14h00 e colocará em debate os PLs 7488/17, de Eduardo Bolsonaro, e 591/21, do governo de seu pai, Jair Bolsonaro. Ambos abrem as portas para a privatização dos Correios ao destruir o monopólio estatal, e com ele o subsídio cruzado, e criar, no caso do 591, a possibilidade de concessão dos serviços postais.

A audiência dará mais uma oportunidade importante para a FINDECT, os representantes da categoria e os parlamentares defensores da empresa e do patrimônio públicos contestarem os argumentos mentirosos do governo e apresentarem argumentos em defesa da manutenção e fortalecimento dos Correios sobre controle público e estatal.

Entre os mais importantes estão aqueles que desmentem as principais justificativas do governo para uma privatização, como;

● Mentira: O Correio dá prejuízo.
(Verdade: Dá e sempre deu lucro e repassa dividendos ao governo que compensam com larga sobra a não incidência de alguns impostos à estatal).

● Mentira: O governo não tem dinheiro para investir
(Verdade: O governo tem mais de R$ 3 bilhões em caixa e garante com eles os lucros dos bancos com o serviço da dívida e a remuneração de sobra de caixa. Não investe na estatal porque não quer. Não obstante, a ECT é autossustentável e pode bancar os investimentos necessários, ou devolver com correção o investimento que o governo fizer).

● Mentira: Os preços vão baixar
(Verdade: Isso não ocorreu em nenhum lugar do mundo em que houve privatização. Portugal e Argentina são exemplos da disparada de preços pós-venda. Por que ocorreria aqui? A lógica é justamente o contrário: as empresas privadas almejam lucros sem limite, e vão aumentar os preços o máximo que puderem, e não há governo que segure, ainda mais o que não quer).

● Mentira: Através de regulamentação e da fiscalização de uma agência reguladora, os serviços postais continuarão sendo garantidos a toda a população em todos os lugares.
(Verdade: Isso também não ocorre em lugar nenhum do mundo. Nos Estados Unidos, o Correio estatal cobre as regiões e localidades aonde a iniciativa privada -Fedex, UPS, Amazon e outros- não vão porque não geram lucro. Isso custa caro para o contribuinte e dá prejuízo ao estado, que na prática banca o lucro das empresas privadas. Será o modelo que querem implantar aqui?)

Participe, curta, mande perguntas. É importante para fortalecer a luta em defesa dos Vorreios públicos. A transmissão será feita pelo site da Câmara dos Deputados (acesse Aqui).

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Por: FINDECT