Lutas setoriais:

No início de 2013, a categoria realizou paralisações em diversas unidades, sempre com a participação e liderança do Sindicato. Como resultado, foram realizadas Mesas Redondas nas Gerências Regionais do Trabalho e reuniões com a ECT para resolver os problemas, e na Campanha Salarial foram negociados os dias parados nas unidades. O motivo da revolta está nas condições precárias de trabalho e no descaso da ECT com a categoria. Alguns deles:

•Assaltos;

•Falta de funcionários;

•Sobrecarga de trabalho;

•Excesso de horas extras;

•Péssimas condições de trabalho;

•Falta de materiais básicos de trabalho nos setores como malas e EPIs;

•Falta de manutenção nas unidades, como limpeza;

•Assédio moral.

FINDECT se consolida:

O 2º Congresso da FINDECT, realizado em 14 e 15 de junho, foi representativo e vitorioso. Nele, representantes dos Sindicatos Unificados debateram temas como Campanha Salarial, pauta de reivindicações, conjuntura econômica e política, anistia, questões da mulher e racial. Este congresso consolidou a FINDECT como alternativa de organização da categoria não só para as bases dos Sindicatos Unificados, mas para todo o país. E o resultado já apareceu na Campanha Salarial 2013, com a FINDECT cumprindo papel decisivo nas negociações, apresentando novas ideias e métodos e livrando a categoria do governismo e da incompetência da FENTECT.

Projetos de lei:

Aposentadoria Especial, percorrida de 7km, entrega matutina e segurança nas agências. Com base nas pesquisas e estudos apresentados no livro “Saúde e Trabalho nos Correios”, organizado pelo Dr. Francisco Drumond, o Sindicato solicitou ao Deputado Federal Delegado Protógenes e ao Deputado Estadual Alcides Amazonas, ambos do PCdoB, a apresentação de Projetos de Lei na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de São Paulo. O Deputado Federal Delegado Protógenes apresentou os PLCs 307/13 e 308/13, que dispõem sobre a aposentadoria especial para os carteiros e OTTs (Veja a matéria completa clicando neste link, onde você pode se cadastrar e acompanhar o trâmite dos processos). Já o Deputado Estadual Alcidez Amazonas apresentou 2 projetos. Um para limitar a percorrida dos carteiros ao máximo de 7 km por dia, com entrega realizada pela manhã, e outro para impor a instalação de portas giratórias com detector de metais nas agências, além de vigilantes. A luta agora é para colocar esses projetos na ordem do dia, garantindo que entrem na pauta, sejam votados e aprovados. Para isso, é necessário o empenho de todos.

Campanha Salarial vitoriosa:

O compromisso e a responsabilidade da FINDECT trouxeram novidades à Campanha. Com apenas 2 dias de forte paralisação, veio o resultado que a outra federação precisou de 21 dias de greve para conseguir. O reajuste de 8%, com aumento real de 1,87%, esteve no nível de outras categorias que realizaram greve prolongadas como bancários, professores, metalúrgicos e petroleiros. Além disso houve outras conquistas, como a manutenção do convênio médico para os dependentes.

Audiências Públicas levam luta da categoria ao parlamento:

Para a Diretoria do SINTECT-SP, é preciso fortalecer a luta da categoria em todas as frentes. Por isso contatar o obter apoio de parlamentares também é um caminho para vitórias, sempre que complementado com a mobilização dos trabalhadores. Foi dessa convicção que nasceram as Audiências Públicas realizadas neste ano. A primeira foi convocada pelo Deputado Estadual Carlos Gianazzi (PSOL) e teve a importância de dar visibilidade ao grave problema dos assaltos aos trabalhadores dos Correios e aprofundar a cobrança de soluções da ECT e do poder público. Antes, o Sindicato negociara com a Secretaria de Segurança Pública e com a empresa, que não adotaram medidas efetivas.

Em seguida o Deputado Estadual Alcides Amazonas convocou outra Audiência para debater e expor os males à saúde do trabalhador provocados pelo trabalho nos Correios e pela negligência da empresa. Os dados que deram base a esta audiência vieram da pesquisa realizada pelo Sindicato mediante ampla e profunda pesquisa junto à categoria, com coordenação do Médico do Trabalho Dr. Francisco Drumond, que geraram um mapa de risco elaborado pelos próprios trabalhadores e um livro.

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