A CRISE NÃO ESTÁ NO VOLUME DE CORRESPONDÊNCIAS, MAS NAS TEMEROSAS ADMINISTRAÇÕES DOS CORREIOS
Notícia publicada dia 21/06/2017 14:27
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Na matéria publicada no dia 18 de junho, no site Poder 360, com o título “Em meio a crise financeira, Correios incentivam o envio de cartas ao Papa”, é trazido a público dados sobre a diminuição da postagem de correspondências nos últimos anos. Além disso, esse dado é usado como um dos fatores para a situação deficitária em que se encontra a Empresa.
A verdade é que o volume de correspondências está diminuindo, mas de forma lenta. Por outro lado, a Empresa vem implantando sucessivos programas de demissão voluntária e, desde 2011, não faz concurso público para reposição das vagas em aberto. O resultado é que o número de carteiros caiu brutalmente, em proporção superior à queda do volume de correspondência. E, como consequência, não há carteiros, em número suficiente, para entregar todas as correspondências diariamente.
Aliás, a Empresa tem plena consciência disso. Tanto que está tentando implementar novas ferramentas de trabalho, como o DDA, em que prioriza a entrega alternada, e não mais diária.
E, para completar o quadro, por conta de administrações temerárias e incompetentes, que desperdiçaram as reservas financeiras dos Correios, a Empresa está impossibilitada de fazer os investimentos em estrutura e equipamentos, principalmente veículos, que poderiam, ao menos, amenizar essa situação.
A população reclama, com justa razão, da queda da qualidade dos serviços prestados pela Empresa. O contexto acima colocado é o que está ocasionando essa situação. Repostas as vagas, e recuperada a capacidade da Empresa investir, principalmente recuperando os valores a mais repassados ao governo a título de dividendos (orçados em R$6 bilhões), com certeza a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos voltará a apresentar serviços com a qualidade que a tornou um dos 3 melhores correios do mundo, e a instituição de maior credibilidade do país.
Texto de Luiz Alberto Bataiola, Diretor da FINDECT e Vice-Presidente do SINDECTEB/BAURU
Fonte: FINDECT