Acabar com o E-Sedex é entregar o mercado para os concorrentes
Notícia publicada dia 20/06/2017 15:30
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Era um serviço consistente para o mercado de encomendas, o que mais cresce atualmente! Aonde o presidente dos Correios quer levar a ECT com isso?
Guilherme Campos costuma bater na tecla dos avanços tecnológicos para justificar sua política para a ECT. Diz que o mercado postal está ficando obsoleto por causa da internet. E que é preciso mudar para se adequar o mercado, sobretudo ao setor que mais cresce, o de encomendas, que, como ele diz, é concorrencial.
Então por que acabar com o E-Sedex, o único serviço atraente que a empresa tinha para a atender as empresas de e-commerce (vendas on-line)?
Se ele tivesse outro produto para ser lançado, melhor e mais atraente, mais rentável e capaz de conquistar e fidelizar as empresas, atendendo-as em todas as etapas do processo (venda, logística e entrega) todos entenderíamos a medida. Mas se tem, ele guardou só para ele, e não informou a ninguém.
Ao que leva então a medida adotada pelo destrutivo, temeroso e misterioso presidente?
Ao favorecimento de empresas nacionais e estrangeiras do setor postal e de encomendas!
E já há várias delas se aproveitando da bela oportunidade aberta pelos Correios. Estão lançando produtos para atrair a empresas de e-commerce, inclusive com padrões parecidos com o da Uber (ou seja, contratando entregadores que usam seus próprios veículos, não tem vínculo empregatício e trabalham sob demanda, só quando tem serviço, precarizando totalmente o trabalhador postal).
Até a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que reúne os empresários do setor, tentou evitar o fim do E-Sedex. Entrou com uma ação na justiça que manteve sua existência de janeiro a junho deste ano. Mas não deu.
Todos na luta contra a privatização!
Essa medida só comprova o ímpeto privatizante do governo Temer e seus apus mandados Gilberto Kassab e Guilherme Campos para os Correios. Eles atuam para entregar o mercado postal e de encomendas brasileiro para as empresas privadas do setor, nacionais e multinacionais, e para, no fim, entregar os próprios Correios para os empresários se esbaldarem em lucros. O que eles vão ganhar com isso é… (por enquanto, vamos deixar para cada um tirar as suas conclusões).
Estão diminuindo o tamanho e o alcance da ECT, reduzindo a quantidade de funcionários e atacando seus direitos, aumentando a sobrecarga de trabalho, tudo para baratear a mão de obra e deixar a empresa mais atraente para uma provável venda.
Nós, trabalhadores, temos de combater essas medidas com a disposição de quem entra numa guerra para manter nossos direitos, nossos empregos e defender os direitos da população e os Correios brasileiros da ganância dos empresários ávidos por lucros, que tem no atual governo o representante ideal para encaminhar seus interesses.
Por isso é importante a unidade da categoria, somente com o empenho e luta dos trabalhadores iremos alcançar grandes vitórias. O SINTECT/SP chama todos os trabalhadores para se engajarem nessa batalha em defesa de nossos direitos e por uma empresa pública e de qualidade!
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