Assaltos e violência persistem sem que empresa se empenhe na defesa do trabalhador
Notícia publicada dia 03/11/2015 13:35
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Com a chegada do final do ano, o número de casos deve explodir. A empresa não pode ficar olhando sem fazer nada. Ela tem a obrigação de agir para defender a integridade física de sues funcionários
O relato a seguir foi feito por um trabalhador dos Correios:
“Trabalho há 10 anos nos Correios, na capital paulista. No dia 30/10/2015, fui vítima de assalto na entrega de SEDEX. Três ladrões me abordaram, me agrediram e rasgaram minha camiseta de carteiro. Fiquei quase 6 horas na delegacia. Durante todo esse tempo ninguém da EMPRESA CORREIOS me deu assistência. Fui pra rua sem almoçar, fiquei com fome e com a camisa rasgada, tive que comprar outra pra ir embora. A má gestão nos Correios tem que ser revista, pois é inadmissível um trabalhador ficar sem assistência depois de um trauma físico e emocional desses. Falar ao celular ou rádio é uma coisa, ir até o local do ocorrido ou a delegacia pra dar apoio ao trabalhador é outra. Fui ao médico, pois estava mal psicologicamente e tenho que tomar calmante pra poder descansar. Lamentável toda essa situação.”
O caso desse companheiro não é um fato isolado. Ele se repete em toda a cidade. E agora no final do ano a situação vai piorar, pois o número de entregas de objetos de valor vai aumentar, e isso atrairá os ladrões.
Há anos o Sindicato bate forte contra a ECT, exigindo medidas eficazes contra os assaltos, em defesa da integridade física e mental do trabalhador. A Diretoria já foi à Secretaria de Segurança Pública mais de uma vez. Já discutiu o assunto com a DR/SPM e DR/SPI, bem como com a direção nacional da empresa. Dão desculpas e fazem promessas que não cumprem.
Essa situação não pode continuar. A entrega de encomendas e objetos de valor é uma realidade que veio para ficar, devido ao comércio pela internet. A empresa não pode se aproveitar e explorar esse filão como se não houvesse nenhum problema. O aumento dos assaltos e da quantidade de serviço são consequências diretas do aumento da entrega de encomendas.
O Sindicato exige que a empresa apresenta medidas concretas, que inibam os assaltos e protejam o trabalhador. Para isso, está mais uma vez solicitando audiências com as DRs, com a direção nacional dos Correios e com o Ministério das Comunicações. Vamos continuar na luta!