Assembleia da Zona sul definirá greve na região
Notícia publicada dia 05/04/2016 18:29
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Trabalhadores vão à greve por melhorias nas condições de trabalho e Implantação da Entrega Matutina
Em assembleia realizada na segunda, 4 de abril, trabalhadores de diversas unidades da Zona Sul deram mais alguns dias de prazo para a empresa apresentar respostas concretas e atender as reivindicações da região.
A assembleia para decidir pela greve ocorrerá na próxima sexta, 8 de abril.
ASSEMBLEIA:
Sexta-feira, 8 de abril, 19h00
Na subsede da Apeoesp – 19h00, da subsede da Apeoesp Zona Sul, Rua Cerqueira Cesar, 480/484, sobreloja, Santo Amaro
Para decidir sobre a deflagração de GREVE na Zona Sul a partir de zero hora de segunda-feira, 11 de abril
Os trabalhadores exigem:
-Implantação da entrega matutina
-Suspensão e revisão dos SDs
-Desmembramento imediato dos CDDs Capela do Socorro e Parelheiros e mudança do prédio do CDD Cidade Dutra
-Melhorias e reformas em diversos setores da Zona Sul
-Medidas concretas para resolver o problema de segurança nos CEEs e CDDs
Vários problemas
Os problemas que afligem os ecetistas da Zona Sul são vários e bem conhecidos da empresa. O Sindicato já apresentou as reivindicações e já discutiu com representantes da DR-SPM inúmeras vezes, mas tudo indica que eles não estão dispostos a mudar a dura realidade que vitima a categoria.
O problema central é a falta de funcionários. Devido a ela, há distritos parados em muitos dos CDDs. Em alguns há resto ou resíduo de cartas que chegam a 10 mil.
Outro problema que tem dado muita dor de cabeça é a triagem de cartas antecipada. Ela tem gerado sobrecarga para trabalhadores que entram mais cedo e não tem dado resultado esperado, no sentido de agilizar a operação.
Além disso, a falta de segurança é outro grave problema.
Nos CEEs os assaltos constantes e o excesso de serviço mostram que a ECT não está se preparando para modernização. A entrega de encomendas é, hoje, o grande filão da empresa, que cresce a cada dia, mas ela não age para se adaptar e implantar as mudanças que esta novidade exige.
Empresa dá respostas evasivas
Em reunião com representantes da DR-SPM no dia 4 de abril, antes da assembleia na Zona Sul, os dirigentes do Sindicato Douglas Melo e Fabrício Máximo ouviram novamente respostas vazias e evasivas.
Quanto à segurança, a empresa não diz qual é a quantidade de chips nas encomendas nem se manifesta sobre a ampliação das escoltas.
Também não aprofunda a discussão sobre a implantação da entrega matutina. Os ganhos que esta medida traz, para trabalhadores, empresa e população, já foram comprovados pela prática, nas unidades em que houve experiência. A Comissão que discute a Entrega Matutina esteve em São Paulo e comprovou isso.
Mas a DR-SPM insiste em dizer que esse problema é de Brasília, que depende da VIPOS a liberação para mudança dos prazos de implantação da entrega matutina em toda Zona Sul. Por que não vão lá resolver com os dirigentes nacionais da empresa? Se ai está uma das soluções já comprovadas para vários dos problemas existentes, por que a resistência?
No dia 07 o SINTECT-SP e a FINDECT se reunirão com o VIGEP em Brasília. O companheiro Diviza, presidente do Sindicato apresentará as demandas da região Sul. O encaminhamento da greve terá relação direta com a resposta que será dada!
Quanto ao SD, a empresa apresentou um cronograma com uma relação de unidades em que serão realizadas ou aplicadas o SD a partir de abril. Mas isso não é suficiente!
Não ao DDA! Entrega matutina já!
Frente à falta de funcionários, em vez de realizar concurso público e contratar, a ECT inventou o DDA. Ela está implantando aos poucos este mecanismo, como forma de camuflar a necessidade de repor as vagas em aberto. Para tanto, as principais medidas do DDA são reduzir distritos e oficializar as dobras, o que leva ao aumento da carga de trabalho e da produtividade por empregado.
O DDA é, portanto, a oficialização da sobrecarga de trabalho imposta pela falta de funcionários! Não vamos aceitar isso!!!
O DDA é parte estratégica da reestruturação que a empresa está implantando à força. Fica claro que a direção a ECT busca somente o aumento dos lucros às custas do incremento da exploração da mão de obra. Essa reestruturação não contempla os trabalhadores!