Na noite desta quarta-feira, 29 de maio, os trabalhadores dos Correios de Guarulhos, da região do Alto Tietê e das zonas Norte e Noroeste de São Paulo realizaram uma assembleia, conduzida pelo vice-presidente do sindicato Rogério Bueno e pelos diretores Moisés Poeta e Alexandre que aprovou a deflagração da greve a partir da 0h do dia 31 de maio.

A decisão veio em resposta ao descaso da direção dos Correios, presidida por Fabiano Silva, que tem deteriorado as condições de trabalho dos trabalhadores com a demora na realização de concurso público e contratações. Os trabalhadores exigem melhorias nas condições de trabalho, contratação imediata de trabalhadores, climatização dos ambientes de trabalho, fim das perseguições e assédios pela gestão, e o término das transferências e empréstimos arbitrários que têm ocorrido constantemente nessas regiões.

A assembleia contou com uma expressiva participação dos trabalhadores das regiões envolvidas, que aproveitaram a oportunidade para manifestar sua revolta e repúdio à atual situação enfrentada nos Correios. Os trabalhadores não apenas demonstraram sua insatisfação, mas também repudiaram a atual direção, que, segundo eles, despreza e desrespeita os trabalhadores. O vice-presidente Rogério Bueno declarou: “Repudiamos o descaso da direção dos Correios com os trabalhadores, que reivindicam melhores condições de trabalho, mas esbarram diante da inércia da direção, que finge que está tudo bem enquanto a categoria sofre com as péssimas condições de trabalho e falta de efetivo que tem agravado a saúde dos trabalhadores.”

A mobilização não se limita apenas a estas regiões; o Sindicato informa que outras regiões também serão mobilizadas para aprovar uma greve, visto que os problemas são generalizados e a direção dos Correios tem se mostrado inerte diante das reivindicações.

Ao término da assembleia, os trabalhadores dos Correios de São Paulo também aprovaram apoio irrestrito à Chapa 1 nas eleições do SINTECT-RJ e repudiam qualquer tentativa do patrão de intervir nas questões sindicais. O sindicato é dos trabalhadores e não do patrão. A mobilização demonstra a força e a união dos trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho e respeito, e deixa claro que a luta continuará até que suas demandas sejam atendidas.

Essa insatisfação e mobilização irão se expandir para as demais regiões de São Paulo, pois o problema está generalizado e o sindicato irá mobilizar a categoria. Essa greve é apenas uma pequena resposta à direção dos Correios. Se a direção não levar a sério a campanha salarial e as negociações, os trabalhadores de São Paulo e de todo o Brasil irão paralisar, fazendo uma grande greve em defesa de seus direitos.