•A equipe de transição começou a coletar dados no Ministério do Trabalho e Previdência para fazer um diagnóstico da situação catastrófica

•O dado que mais preocupa é que atualmente há mais de 5 milhões de processos em análise no INSS que já estouraram o prazo de 45 dias para que fossem resolvidos, muitos deles de trabalhadores dos Correios

•A gestão desastrosa que vai embora no dia 1 de janeiro tem obrigado cidadãos a esperar um tempo absurdo por uma resposta do INSS

•O atraso gera juros para o Estado, que terá que desembolsar mais dinheiro (do povo) quando o benefício enfim começar a ser pago

Os trabalhadores dos Correios estão sentindo na pele os efeitos da má gestão do governo Bolsonaro quando procuram a previdência social para solicitar pedido de benefício junto ao INSS.

Os números da própria Previdência revelam o desmantelamento da proteção social promovida pelo governo de Jair Bolsonaro. Por má gestão, corte de verbas, redução do quadro de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e muita má vontade ele fez a perversa fila para a concessão de benefícios de espera aumentar sem parar.

Assim como os Correios, a Dataprev tem papel essencial no tratamento e cruzamento de dados dos brasileiros que solicitaram o benefício da empresa de tecnologia que administra os pagamentos de aposentadoria e pensões do INSS.

Segundo dados preliminares, Jair Bolsonaro, que está saindo da presidência, deixará uma fila de mais de 5 milhões de pessoas no INSS. Um crime contra o povo!

A espera por uma resposta pela aposentadoria não só passou do prazo razoável – 45 dias – para milhões de pessoas, como ainda gera ônus para o erário, já que o atraso significa que a União terá de desembolsar mais dinheiro para compensar a demora.

A equipe de transição discute transferir a Empresa de Tecnologia e Informações (Dataprev) para o Ministério do Trabalho e da Previdência. Quando assumiu a presidência em 2019, Bolsonaro boicotou e entregou a empresa de tecnologia e informação para o Ministério da Economia de Guedes, que a inluiu no programa de privatizações — o que agora deve ser revisto.

Segundo José Pimentel, ex-senador do Ceará pelo PT e ex-ministro da Previdência Social, é necessário reestruturar a Dataprev para zerar a fila de pedidos do INSS, que hoje ultrapassa cerca de 5 milhões de pessoas.

“Em 2009 durante o segundo governo Lula, 60% dos benefícios da previdência eram concedidos em até 30 minutos, através do reconhecimento automático do direito previdenciário. Isso foi desativado no governo Bolsonaro. É o problema”, afirmou.

Assim como no INSS, o governo Bolsonaro fez uma gestão desastrosa nos Correios. Retirou benefícios e direitos essenciais dos trabalhadores e precarizou ainda mais as condições de trabalho, afetando diretamente na saúde dos trabalhadores que passaram a procurar por mais afastamentos pelo INSS.

Defender os Correios, a Dataprev e o INSS é essencial para fortalecer o serviço público de qualidade no Brasil!