Mais uma alta no diesel piora ainda mais a situação dos trabalhadores
Notícia publicada dia 11/05/2022 10:34
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Altas dos combustíveis empurram preços em geral e elevam a inflação aos maiores níveis em décadas, corroendo os salários e o poder de compra da população que vive do trabalho, e não de renda nem da exploração!
Lutar pela retomada de todos os direitos roubados pelo governo e por uma PLR justa e igualitária é a prioridade do SINTECT-SP
A carestia aumenta sem freios no Brasil. A puxá-la está o preço do diesel e demais combustíveis como gasolina e gás de cozinha. O diesel está na frente porque ele move o transporte de tudo no Brasil, centrado nos caminhões.
Seu preço foi reajustado nesse mês de maio em 8,87%. Em março ele já havia subido 24,9%. A isso está ligada a subida da inflação, que em março registrou o maior índice para o período desde 1994.
Foi nesse contexto que a cesta básica subiu quase 30% em 12 meses já atingiu o preço do salário mínimo. Segundo cálculos de economistas, atualmente sobram apenas R$ 74 do salário mínimo após a compra de uma cesta básica, e pela prévia do IPCA-15, com a inflação disseminada, deve sobrar ainda menos nos próximos meses.
Também nesse contexto de miséria crescente, São Paulo já está com o maior número de moradores de rua de sua história. E a saída anunciada pelo governo municipal é criar camping para abrigar quem está sem teto, uma espécie de campo de concentração urbano.
A culpa é de quem?
Com o poder de compra cada vez mais corroído, o brasileiro se vira como pode. Enquanto isso, o chefe do governo justificando sua incompetência culpa a Petrobrás pelo aumento dos preços dos combustíveis.
Diz que é um “absurdo” e “um estupro”. Pede para a empresa reduzir sua margem de lucro. Fala como se não fosse justamente o governo o principal acionista da companhia. Quem tem a maioria em sua direção. O único que pode mudar alguma coisa em suas diretrizes. E o único que pode mudar alguma coisa na política de preços dos combustíveis.
O que mais esperar de um governo que será o único a terminar o mandato com o Salário Mínimo valendo menos do que quando assumiu? E com metade dos trabalhadores tendo reajuste abaixo da inflação?
De um governo que produziu a inflação mais alta dos últimos 27 anos, levando a taxa dos últimos 12 meses a 12%? Que fechou 27 armazéns públicos que eram o estoque regulador de alimentos, e que por isso não tem como interferir na alta dos preços de produtos alimentícios?
A luta do ecetista é dupla
Como brasileiro e trabalhador, o ecetista sofre como os demais devido à inflação e à perda do poder aquisitivo que ela provoca. E também as consequências maléficas das reformas da aposentadoria e da legislação trabalhista, da desindustrialização e do desemprego.
Mas enfrenta dificuldades adicionais porque o atual governo também comandou a retirada de direitos da categoria, como parte dos tíquetes refeição e o tíquete peru, parte do adicional de férias, a retirada de pais e mães do convênio médico e o aumento da mensalidade e da coparticipação.
A política deste governo é retirar e destruir direitos e políticas públicas. Como ele próprio disse que faria ainda no período eleitoral passado. Agora a população e os trabalhadores dos Correios têm a oportunidade de mudar essas diretrizes.