A direção militar da ECT quer reduzir o acordo à reposição da inflação, sem reconhecer o esforço nem valorizar a categoria e mantendo o assalto a inúmeros direitos que fez durante a pandemia, e usa banco de horas como moeda de troca.

Com a proposta que apresentou, a direção autoritária da ECT mostra aonde queria chegar com a enrolação, as mentiras e as manobras que colocou na mesa nessa campanha salarial.

Ela quer repor a inflação seca aos salários, no momento em que a ameaça de um estouro inflacionário é real. Quer manter o roubo de direitos que impôs no pior momento da pandemia e ainda posar de boazinha.

E o banco de horas, no qual ela vem insistindo? Agora diz que não é um “impeditivo para o fechamento do acordo”.

Então era um bode na sala? Algo que ela colocou sabendo que os Sindicatos e a categoria jamais aceitariam, para agora dizer que tudo bem retirar, desde que a categoria aceite qualquer coisa, como essa proposta que ela apresentou?

Por que a proposta é inaceitável?

Repor a inflação seca ao salário e aos benefícios econômicos é o mínimo que a empresa deve fazer. Ainda mais com a inflação entrando em modo descontrolado como está, por culpa da falta de política e de atitude do governo Bolsonaro.

Mas é preciso muito mais. A categoria ecetista merece valorização e reconhecimento por que executa um serviço essencial ao país e está trabalhando em dobro devido à falta de funcionários. E porque trabalhou durante a pandemia inteira. Cada trabalhador colocou sua saúde, suas vidas e de seus familiares em risco.

Cadê meus direitos e benefícios?

Mas o pior está nos inúmeros benefícios roubados da categoria no momento mais dramático da pandemia, quando a mobilização e a luta de resistência estavam impossibilitadas.

O que a direção militar da empresa roubou dos trabalhadores:

● Aumentou em 100% o percentual do plano de saúde para os aposentados;
● Retirou o auxílio necessidade especial e o vale cultura;
● Acabou com os 15% dos trabalhos aos sábados;
● Reduziu o percentual da hora extra e o adicional noturno;
● Acabou com o vale alimentação nas férias e o ticket peru;
● Reduziu 4 vales alimentação mensalmente;
● Retirou os vales alimentação nos primeiros 90 dias das licenças médicas;
● Aumentou o compartilhamento do vale em 900%;
● Aumentou o plano de saúde de 30% para 50%;
● Implantou a mensalidade no plano de saúde;
● Reduziu a cláusula de trabalho em dia de repouso de 200% para 100%;
● Reduziu a gratificação de férias de 70% para 30%.

É roubo demais

Somou aí quanto a direção militar bolsonarista da ECT roubou do seu bolso, dos seus ganhos e do sustento de sua família? E agora ela vem com essa conversa fiada de que aceita repor a inflação seca, em troca de concordar em não impor o assalto chamado banco de horas.

Todos à Assembleia!

No dia 7 de outubro, às 19h, o SINTECT-SP realizará assembleia interativa para debater a situação presente, a proposta da direção da empresa, a possibilidade de julgamento no TST e as formas de luta.

Mais que nunca, é fundamental a participação massiva dos trabalhadores. A hora é de mostrar disposição de luta e resistência, dizer não ao assalto e à opressão reafirmando as reivindicações da categoria!

ASSEMBLEIA VIRTUAL

7 de outubro, 19 hs. Participe!