Campanha salarial em meio a pandemia só interessa à direção da ECT e Governo Bolsonaro
Notícia publicada dia 17/07/2020 20:22
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Com terrorismo e ameaças, a direção da ECT tenta impor a negociação fictícia mesmo com um Dissídio julgado pelo TST ano passado com vigência de 2 anos e com a liminar do STF aguardando julgamento – Não podemos dar margem para o governo retirar direitos históricos da categoria
A direção da ECT e o governo querem se aproveitar das dificuldades atuais da categoria e dos Sindicatos e impor ainda mais retiradas de direitos e redução de renda usando a turma dos sem qualquer representatividade em suas bases de Correios para uma mesa de negociação fictícia. Ela quer usar a seu favor as limitações para realizar assembleias e reuniões setoriais, o afastamento de 30% do efetivo devido à pandemia e outros fatores que dificultam e até inviabilizam a organização e a luta.
Sua intenção está evidente e demonstra claramente que a direção da ECT quer acabar com os direitos da categoria e retroceder todos no que determina à CLT, semidestruída pela reforma trabalhista do governo Temer e aprofundada por outras ações da atual política de Guedes e Bolsonaro.
“Não faz sentido entrar nesse jogo em que a direção da empresa tem a bola na mão e impõe as regras. Principalmente quando há um Dissídio Coletivo em vigor desde o ano passado em julgamento no TST”, disse Elias Diviza, presidente do SINTECT-SP.
É verdade que 2 itens estão suspensos por força de liminar do STF. E que é justamente a cláusula de vigência, além da que define o compartilhamento do convênio médico.
Mas se trata de uma liminar. O mérito da questão ainda será julgado, e não é correto dar por perdido de antemão e entrar no jogo da ECT, aceitando uma negociação onde todos sabem que só será usada para impor retirada de direitos históricos da categoria ecetista.
Por isso o SINTECT-SP e FINDECT solicitaram o cumprimento da cláusula de validade por 2 anos, como está na decisão do TST que a empresa pediu ao STF para derrubar. E entrou com Pedido de Mediação no TST para adiar a negociação para quando encerrar o estado de emergência.
O SINTECT-SP repudia a atitude da direção da empresa e alerta para que que nenhum dirigente sindical da categoria entre nessa armadilha e prejudique toda a categoria com suas ações. O momento é de defender nossas conquistas, mas de forma responsável.
Não devemos entrar na pressão da empresa e defender o Dissídio vigente!