Categoria vai decidir o encaminhamento da luta em assembleia
Notícia publicada dia 23/08/2017 23:22
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Numa Campanha Salarial tão diferenciada como essa não podemos cometer qualquer deslize que prejudique nossa mobilização
Os trabalhadores dos Correios de todo o país receberam com grande surpresa a proposta feita pelo Ministro do TST Emmanoel Pereira, que propôs a prorrogação do acordo coletivo da categoria, até dezembro de 2017.
Segundo ele, o prazo é para “ampliar a discussão que leve a uma proposta viável acerca do plano de saúde dos ecetistas”.
Muitos trabalhadores se revoltaram com essa proposta. Não é para menos. Ela adia ainda mais a negociação da Campanha Salarial, que já deveria estar avançada, pois a data-base da categoria é 1º de agosto, mas a Empresa ainda não fez uma reunião sequer, muito menos contraproposta à Pauta de Reivindicações da categoria.
Tudo leva a conclusão de que a direção da Empresa quer empurrar para o TST a responsabilidade que é dela de negociar com os trabalhadores e judicializar as negociações, comprovando sua total incapacidade de dirigir os Correios.
A luta unificada de toda a categoria e a responsabilidade são essenciais
Tal postura exige a mobilização de toda a categoria e sua unidade nacional para mostrar que não estamos para brincadeira e que não aceitaremos nenhum direito a menos.
As Assembleias e demais atividades convocadas pelos Sindicatos precisam estar lotadas para provar a disposição da categoria para lutar e usar o instrumento de luta do qual os trabalhadores não podem abrir mão, a greve.
Emissário de Temer nos Correios
Diante de todos os ataques promovidos pelo governo golpista de Temer, com suas contrarreformas trabalhista, previdenciária, privatizantes, etc, a Campanha Salarial deste ano não é mais que difícil, é diferenciada.
A direção dos Correios está aí indicada por Temer, para tentar impor aos trabalhadores dos Correios a mesma política de terra arrasada que o governo federal esta aplicando sobre todos os trabalhadores brasileiros.
Diante desse quadro tão adverso não podemos cometer deslizes.
ECT tem que negociar já!
A Diretoria do SINTECT-SP defende que as negociações devem ocorrer entre a direção da Empresa e os trabalhadores, que precisam estar mobilizados e unidos nacionalmente para defender seus direitos.
Não devemos acreditar que o TST vá resolver as negociações a favor dos trabalhadores. Mas também não podemos mostrar intransigência e já ir recusando a primeira proposta do Ministro do TST sem deixar claro para o mesmo que, como representantes dos trabalhadores, teríamos que consultá-los em assembleia. Agir precipitadamente poderia empurrar o tribunal para onde a empresa quer.
Já temos a direção da Empresa para enfrentar. E não é interessante colocar logo de cara o TST contra nós.
Mobilização total nesses 15 dias
Com o prazo de 15 dias dado para consultar as bases dos Sindicatos devemos mobilizar ao máximo toda a categoria, realizar Assembleia gigantescas, para mostrar à Empresa e ao TST nossa disposição de luta.
Assim os dirigentes sindicais, ao voltarem para a próxima reunião com a Empresa e o TST terão a base sólida da categoria mobilizada para falar grosso.
Unir, e não dividir
Os ataques, muitos deles grosseiros e rasteiros, sobre a posição da FINDECT de consultar a base sobre a proposta do TST, que têm sido feito em redes sociais, atrapalham a união e a mobilização da categoria e favorecem a empresa.
É lamentável que ocorram num momento em que precisamos do máximo de unidade possível.
A amadorismo e o voluntarismo não são bons caminhos a seguir. O debate e a crítica são sempre bem-vindos quando são para construir, mas quando o objetivo é apenas ofender e destruir, não se trata mais de crítica.
Vamos decidir os rumos da luta juntos!
Continuaremos a trabalhar na mobilização dos trabalhadores, na construção da unidade e luta da categoria, pois entendemos que esse é o único caminho para a vitória.