CDD Capela do Socorro vai à luta!
Notícia publicada dia 13/05/2021 12:22
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Falta de condições de trabalho e escoltas insuficientes, sem contar a explosão de casos de Covid e de assaltos tornam a situação dramática e impõem soluções urgentes, que o Sindicato já exigiu oficialmente, mas a gestão operacional e a direção da empresa ignoraram até agora, obrigando os trabalhadores a se organizarem para a luta e resistência
Vistoria da Equipe de Segurança e Saúde no Trabalho, feita junto com o Sindicato, gerou laudo constatando falta de espaço para distanciamento, o que causa aglomerações e exposição a doenças.
Somado a isso estão as péssimas condições do prédio. Tem problemas nos banheiros e de infiltrações que causaram a queima do marmiteiro e o micro-ondas. A higienização não está adequada para a situação de pandemia. E a ventilação é insuficiente, devido aos ventiladores e janelas insuficientes.
Pouco efetivo e muito trabalho
Essa situação é piorada pela falta crônica de funcionários, gerada pela redução de efetivo, e pelo excesso de trabalho, resultante disso e da quantidade crescente de encomendas. Há dias a unidade não recebe carga porque o local está lotado e não comporta mais a enorme quantidade que chega todo dia.
Os inúmeros afastamentos por conta da Covid-19, pelos inúmeros assaltos e a redução drástica do efetivo por conta do PDI deixa a situação mais dramática e coloca a unidade entre os piores índices de SP e até do país. Receita trágica promovida pelo abandono da Gestão Operacional dos Correios.
O resultado pode ser visto pelas dezenas de casos de contágio e adoecimento por Covid, no altíssimo nível de estresse, fadiga e descontentamento que afeta o pessoal do setor.
Gestão Operacional piora tudo
Já é muito e inaceitável, mas a gestão regional resolveu maltratar ainda mais os trabalhadores, ao mandar os carteiros sozinhos para distritos em áreas de risco sem escoltas.
Os trabalhadores alertaram que era arriscado demais ir para as entregas sem escolta, e relataram as ameaças e assaltos que passaram a sofrer, mas a gestão operacional os mandou caminhar para o inferno. Eles não se recusaram ao trabalho e a situação foi piorando dia a dia.
O Sindicato solicitou escolta ou, pelo menos, um ajudante para o carteiro não andar sozinho e ter o mínimo de segurança, mas também não obteve resposta favorável da empresa.
Abandono, sadismo e sofrimento
A gestão operacional da região abandonou o setor e os trabalhadores à própria sorte há muito tempo. Mantém e aprofunda a falta de condições de trabalho, expõe todos ao perigo, deixa explodir o número de contaminados por Covid e obriga os trabalhadores a arriscar a vida frente ao vírus e sem escolta diariamente.
Essa ação insana e pra lá de negacionista se alinha ao direcionamento da direção militar da ECT e ao governo Bolsonaro, que atuam para precarizar as condições de trabalho como forma de derrubar a qualidade do atendimento, gerar descontentamento e justificar a Privatização.
Mobilização já!
O Sindicato ingressou com uma ação judicial coletiva da unidade e está mobilizando a categoria. A situação está chegando a um ponto em que só resta essa saída, a não ser lutar. Não dá mais para suportar!