CEE Vila Matilde decidir por paralisação no dia 11 de novembro
Notícia publicada dia 07/11/2016 19:53
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A decisão foi tomada em assembleia realizada hoje, 7 de novembro, com trabalhadores do setor e a Diretoria do Sindicato, representada pelo Vice-presidente da entidade, Rogério Linguinha, e pelo Presidente Elias Diviza.
Os companheiros do setor reivindicam que a empresa adote medidas de segurança imediatas para garantir a integridade dos trabalhadores durante suas atividades.
O problema é antigo e persistente. Mas se tornou dramático e deixou todos em alerta máximo depois que um companheiro foi sequestrado e baleado em confronto dos bandidos com a polícia.
O caso ocorreu no dia 31 de outubro, quando o carro que o trabalhador dirigia na entrega de encomendas foi abordado por ladrões, que além de levar o veículo e sua carga, o sequestraram. Mais tarde, já em outro bairro, os ladrões entraram em confronto com a polícia e, na troca de tiros que se seguiu, o companheiro, que estava preso no baú, foi alvejado e só por sorte escapou da morte.
Os trabalhadores do setor deram sinal de que não aguentam mais tanta violência e decidiram dar um basta na falta de atitude da empresa, que deveria agir na defesa da integridade e da saúde física e mental dos trabalhadores, mas cruza os braços e só pensa nos lucros que obtém com as entregas em áreas de risco.
Reivindicação antiga
Já faz muito tempo que o Sindicato denuncia casos de violência contra os trabalhadores e reivindica medidas de segurança. A contratação de mais escoltas está entre elas, e é urgente, pois há localidades em que o veículo dos Correios é aguardado diariamente pelos bandidos, por ser alvo fácil para assaltos e lucro certo para eles.
Este problema é grave em toda a DR/SPM. Já foi abordado em inúmeros ofícios, reuniões e denúncias à ECT e órgãos competentes.
Está evidente que o incremento da entrega de encomendas, principalmente com produtos de valor negociados pela internet, virou alvo corriqueiro de ladrões, que inclusive formam quadrilhas especializadas em assaltar veículos dos Correios.
A empresa é a responsável pelo serviço, quem o comercializa e lucra com ele. A ela cabe tomar as medidas adequadas para garantir a segurança, e integridade e a saúde física e mental dos trabalhadores que contrata para executar esse serviço, que é cada dia mais de risco.
As consequências psicológicas e físicas para os trabalhadores são irreparáveis, afetam quem é vítima e os demais, e resultam em revolta, indignação e desmotivação do corpo de empregados.
Não é possível que essa situação persista. A ECT contrata trabalhadores, e não buchas de canhão para ir morrer nas ruas.
Todo apoio aos companheiros do CEE Vila Matilde!