CEE Vila Matilde vai parar dia 11/11 em protesto contra a violência
Notícia publicada dia 01/11/2016 15:30
Tamanho da fonte:
Nesta semana um companheiro foi sequestrado e baleado em confronto dos bandidos com a polícia – Trabalhadores do setor não aguentam mais tanta violência e a falta de atitude da empresa na proteção da integridade e da saúde dos trabalhadores!
O companheiro Celso Weber sofreu na pele a violência que ronda os ecetistas. No dia 31 de outubro, o carro que ele dirigia na entrega de encomendas foi abordado por ladrões, que além de levar o veículo e sua carga, sequestraram o trabalhador.
Isso ocorreu na região de Cangaíba. Já na Vila Sabrina, na rua Cavalgada, os ladrões entraram em confronto com a polícia. A troca de tiros que se seguiu vitimou o companheiro, que estava preso no baú. Ele foi alvejado. Por sorte, está internado e passa bem, mas poderia estar morto. Foi por pouco.
Em protesto, os trabalhadores do setor realizaram uma assembleia com o Sindicato e resolveram paralisar as atividades no dia 11 de novembro. Eles exigem que a empresa adote medidas de segurança com urgência, pois é inaceitável arriscar a vida todo dia para entregar correspondências.
Alíás, o Sindicato vem fazendo essa cobrança há tempos, e a ECT só enrola. Ela paga o ecetista para executar seu trabalho, e não para ser executado no trabalho. A violência nas ruas é uma realidade e a empresa tem de se responsabilizar, arcar com as consequências de um serviço que expõe o trabalhador no dia a dia a essa violência. Quem lucra é a empresa, e não o trabalhador. Ela tem de tomar medidas de proteção à integridade física, à saúde física e mental e à vida dos seus empregados. Afinal eles são pagos, e muito mal, para entregar as correspondências e encomendas, não para dar a vida para a empresa.