Mentiras do governo Bolsonaro para defender a privatização já foram desmentidos pela CGU
Notícia publicada dia 06/10/2021 06:30
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Correio sempre deu lucro e quando teve dificuldade, foi culpa dos governos, que se tivessem vontade política facilmente fariam a empresa liderar o mercado de encomendas, servir o povo e o país e continuar lucrando!
● Em 2017, a Controladoria-Geral da União (CGU) fez uma auditoria nas contas da empresa e achou inúmeros dados e ações que considerou mal feitos, mal planejados e até causadores de suspeitas e que estão por trás das dificuldades financeiras do período de 2011 a 2016.
● O SINTECT-SP publicou uma série de artigos baseado nos achados e conclusões da CGU, sobre a realidade da situação financeira e administrativa da ECT. Para os auditores, o problema dos Correios no período foi MÁ GESTÃO, o que levou à classificação das contas dos membros da Diretoria Executiva da ECT de então como IRREGULARES.
Transferência de R$ 6 bilhões para a “União” levou capital para aplicações
Um dos mais destacados e explícitos problemas foi a transferência além do repasse constitucional de um valor elevado, de cerca de R$ 6 bilhões, de recursos da ECT para a “União”, ou seja, para o governo federal, valor muito acima do que a empresa poderia suportar.
Essa transferência rapou o caixa da empresa naquele momento e levou os recursos usados nas aplicações financeiras, que eram fundamentais para aumentar as receitas e viabilizar o fluxo de caixa.
Vale ressaltar que na atual fase do capitalismo, praticamente todas as empresas tiram a maior parte de seus lucros de aplicações no mercado financeiro. O que o governo fez com os Correios foi, portanto, um ataque mortal que gerou problemas por quatro anos. Os R$ 6 Bi originais nunca foram ressarcidos ao caixa ecetista.
O que você vai encontrar na série de artigos:
● Redução da atividade econômica, Elevação vertiginosa do volume de indenizações e defasagem tarifária.
● Elevação exagerada dos Custos com Insumos (materiais, equipamentos, etc).
● A já citada transferência elevada, irregular e ilegal de cerca de R$ 6 bilhões do caixa da ECT para o governo federal.
● Redução nas aplicações financeiras, que eram fundamentais para aumentar as receitas e viabilizar o fluxo de caixa – Isso ocorreu devido à transferência de recursos citada acima.
● Insuficiência nos Controles Internos Administrativos e na gestão tecnológica da informação.
● Irregularidades nos processos licitatórios e nos resultados das consultorias contratadas.
OBS 1: Veja também o que a CGU apontou como má gestão e soluções possíveis para os problemas apontados, muito diferentes do que foi encaminhado pelo governo Temer e pelo atual.
OBS 2: CGU é o órgão Federal que realiza anualmente auditoria de contas nos Correios e nas outras estatais. Os auditores são funcionários públicos concursados, bem qualificados e bem pagos, o que é fundamental para a realização de auditorias isentas de politicagem. Os resultados são bem diferentes das auditorias pagas por Guilherme Campos para fiscalizar ele próprio.
OBS 3: A CGU efetuou análises em conformidade com o estabelecido no Anexo II da DN-TCU nº 156/2016:
• Avaliação da Conformidade das Peças;
• Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão;
• Avaliação dos Indicadores de Gestão da Unidade;
• Avaliação da Gestão de Pessoas;
• Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios;
• Avaliação da Gestão de Tecnologia da Informação;
• Avaliação dos Controles Internos Administrativos;
• Avaliação dos Controles Internos Contábeis.