Chefias pressionam trabalhadores para abandonar o serviço remoto

Notícia publicada dia 07/04/2020 17:56

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Gerentes de área e gestores de unidades estão assediando pela volta aos setores dos trabalhadores que exercem o direito de permanecer em home office por coabitarem com pessoas do grupo de risco ou terem filhos pequenos que estão afastados da escola e das creches devido à quarentena!

Os responsáveis pelos setores aceitaram a incumbência cruel passada pela Direção da ECT, de obrigar todos a renunciar à autodeclaração de coabitação com pessoas do grupo de risco e crianças em idade escolar.

Estão usando a pressão e o assédio como instrumentos para obrigar o trabalhador a assinar um termo de “renúncia à autodeclaração” em que assume a responsabilidade pela volta como sua.

Também se responsabilizam pela sua saúde, ao concordar com a frase do termo: “Declaro ainda ser conhecedor dos cuidados básicos a serem adotados por mim, no ambiente de trabalho, tendo em vista o estado de emergência de saúde pública de importância internacional, decorrente do Coronavírus (COVID19)”.

Há vários exemplos de situações desumanas geradas pelo assédio das chefias, denunciadas ao Sindicato.

Como um trabalhador cuja esposa está grávida (deve haver vários outros). E uma trabalhadora com filho de 5 anos, que não tem com quem deixá-lo, a não ser com vizinhos.

E se esses trabalhadores forem contaminados na execução de suas tarefas, o que é bastante provável porque estão expostos pelo contato com objetos e pessoas diariamente, e contaminarem a esposa grávida, o filho e quem fez o favor de cuidar dele?

A falta de humanidade da direção da empresa e do governo que ela representa, agora com a companhia de chefes assediadores, é estarrecedora. Agem como se estivessem em um jogo no qual só importa o lucro das empresas e dos empresários, e a vida do trabalhador é só um detalhe menos importante.

O Sindicato orienta os trabalhadores a não assinarem nenhum termo ou documento que não seja oficial da empresa e informa que todos os casos foram encaminhados ao departamento jurídico do SINTECT-SP para que seja tomada as devidas providências, inclusive com a responsabilidade civil e criminal caso ocorra algo com os trabalhadores que foram coagidos e assediados por email e WhatsApp para retornar ao trabalho.

Representantes da ECT, o Sindicato está de olho e apurando todas as denúncias!

OFÍCIO SINTECT-SP

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