#SaiuNaMídia – Com pandemia, entregas de encomendas aumentam 10% e sindicato pede proteção aos carteiros da região

Notícia publicada dia 25/04/2020 17:25

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O número de encomendas via Prático, Acessível e Confiável (PAC) e Serviço de Encomenda Expressa Nacional (Sedex) aumentou em 10% na região após o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).  Houve ainda queda nas entregas de correspondências simples, cartas e boletos. A redução foi de 25%. Os dados são da direção de base do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo (Sintect-SP).

Aumento no número de encomendas ocorre por conta do fechamento do comércio no geral, já que o isolamento social tem feito com que as pessoas comprem mais pela internet Foto: Regiane Bento/Divulgação

O aumento no número de encomendas ocorre por conta do fechamento do comércio no geral, já que o isolamento social tem feito com que as pessoas comprem mais pela internet.
O grande problema ocorre com os profissionais que precisam realizar as entregas. Os carteiros têm sofrido com a falta de proteção para Covid-19, segundo o diretor de base do Sindect no Alto Tietê, Milton de Jesus Miguel.
Ele diz que os Correios não têm cumprido com a distribuição de Equipamentos de Proteção Individuais e que, até o momento, tem fornecido apenas álcool em gel e sabão.
“Faltam máscaras e luvas. O sindicato vem conversando, mas a empresa não está nos atendendo. Já temos casos confirmados aqui nos Correios no Alto Tietê, no Jardim Odete (Itaquá) e em Ferraz, e nada a empresa fez, nem para limpar o ambiente”, diz Miguel.
Nova denúncia
Essa é a segunda reclamação que o sindicato faz por conta das condições de trabalho durante a pandemia. No fim do mês passado, o DS veiculou reportagem em que a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) denunciava que medidas para prevenção ao novo coronavírus não vinham sendo adotadas por parte da estatal.
A federação emitiu um documento de 17 páginas apontando os erros e solicitando alternativas. A informação foi confirmada com a base do Sintect na região. Atualmente, o Alto Tietê tem cerca de 550 funcionários, distribuídos em 15 unidades dos Correios na região, e, segundo a denúncia, em nenhuma delas havia itens de segurança e higiene.
“O sindicato fez denuncia na Vigilância Sanitária, que foi em algumas unidades, mas nada mudou. Tivemos uma vitória na Justiça. Conseguimos uma liminar que impede os Correios de chamarem os trabalhadores que estão afastados para voltarem ao trabalho”, afirma o diretor.
Resposta
Em nota, os Correios afirmaram que não estão descontando salários de empregados que estão “em tratamento” de Covid-19. A estatal adquiriu 80 mil máscaras de proteção para distribuir em todo o Brasil e já há um processo para mais 160 mil.
Segundo a empresa, as máscaras estão previstas para chegarem no próximo dia 22 no Alto Tietê. A prioridade na distribuição deste equipamento de proteção individual ocorre, neste primeiro momento, para carteiros, operadores e atendentes da estatal.
O documento diz ainda que a empresa segue as orientações do Ministério da Saúde e tem se empenhado em propiciar as melhores condições de proteção a sua força de trabalho. Os Correios estão dividindo a equipe para evitar aglomerações e liberando empregados que compõem o grupo de risco.
Por: Daniel Marques – Diário de Suzano
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