Neste dia 18/11, Dia Nacional de Combate ao Racismo, a luta contra as desigualdades raciais no Brasil ganha visibilidade e urgência, e nos chama a refletir sobre a importância de ser antirracista.

O 18 de novembro é uma data marcada pela reflexão profunda sobre o racismo estrutural que permeia a sociedade brasileira. O Dia Nacional de Combate ao Racismo é um lembrete de que a luta contra o racismo não é uma luta pontual, mas uma batalha diária travada por milhões de pessoas negras em todas as esferas da vida. A discriminação racial é uma realidade que impacta a vida de negros no Brasil desde os tempos da escravidão, se perpetuando por gerações e atravessando séculos de história.

A FINDECT, através da Secretaria de Assuntos Raciais, segue atuante na defesa da igualdade de direitos e oportunidades, com foco na luta contra as desigualdades que afetam diretamente os trabalhadores negros. Ricardo Adriane (Negopeixe), Secretário de Assuntos Raciais da FINDECT, destaca a importância de políticas públicas e ações afirmativas que garantam o acesso igualitário ao mercado de trabalho, à educação, à saúde e a todos os direitos fundamentais. “Para que a luta contra o racismo seja eficaz, precisamos entender que ela deve ser constante e estratégica, em todos os espaços”, afirma Negopeixe.

Embora a Lei Áurea tenha “formalmente” abolido a escravidão em 1888, a população negra continuou sem direitos plenos, sem acesso à cidadania e com escassas oportunidades. Por isso, o Dia Nacional de Combate ao Racismo serve não apenas para relembrar o passado, mas para reafirmar o compromisso com a construção de uma sociedade sem desigualdades raciais. A luta por reparações e por políticas públicas que garantam o bem-estar dos negros é uma missão constante, que exige ação não apenas do governo, mas da sociedade como um todo.

Em paralelo, a memória de figuras como Zumbi dos Palmares e Dandara, ícones da resistência ao sistema escravagista, deve ser mantida viva. Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, foi um dos maiores símbolos de luta pela liberdade e pela autonomia dos negros. Ao lado dele, Dandara, sua esposa, lutou com bravura, tornando-se uma referência de resistência e coragem. Ambos, ainda que mortos, continuam vivos nas lutas do povo negro contra o racismo, a opressão e a desigualdade social.

A luta por uma sociedade sem racismo também está diretamente ligada à justiça social. O movimento sindical tem papel fundamental na inclusão dos negros no mercado de trabalho, com destaque para a defesa de um correio público de qualidade, que seja acessível a todos e promova a equidade racial. A igualdade de oportunidades no setor público, especialmente nos Correios, é uma das batalhas que a FINDECT, por meio de sua Secretaria de Assuntos Raciais, tem reforçado com veemência.

O combate ao racismo vai além das palavras. Ele exige ação concreta, a implementação de políticas públicas efetivas e a mobilização social. A reflexão que o Dia Nacional de Combate ao Racismo nos propõe deve nos impulsionar a agir, a educar as novas gerações e a construir um Brasil onde a discriminação racial não tenha mais espaço. Como Negopeixe enfatiza: “O combate ao racismo é uma luta que não pode cessar. E todos nós somos responsáveis por essa transformação.”