País passa de 255 mil mortes por Covid com contaminação crescendo
Notícia publicada dia 02/03/2021 09:52
Tamanho da fonte:
Mortes somam mais de 255 mil e casos, quase 10,6 milhões; Só em fevereiro foram 30.484 mortes por Covid-19, 2º maior número em toda a pandemia
O funcionamento da economia continua mais importante que a preservação da vida para o governo e a direção militar da ECT, pois frente ao atual crescimento da pandemia com recorde de internações em UTIs e de óbitos por dia e da lotação das vagas nos hospitais, continuam mantendo a categoria ecetista trabalhando sem medidas de segurança que garantam a preservação da saúde e da vida!
O problema de todo o estado de São Paulo é concreto, como também do Rio de Janeiro e vários outros. O recorde de internações em UTIs devido à Covid-19 desde o começo da pandemia, em fevereiro do ano passado, tem sido batido quase todo dia.
O país bateu recorde de média móvel de mortes por Covid-19 pelo terceiro dia consecutivo, e só no último dia 25 de fevereiro, foram registradas 1.582 novas mortes em 24 horas e o dia mais letal desde o início da pandemia. O país passa de 255 mil vidas perdidas, consolidando-se tragicamente como o segundo país no mundo a registrar o maior número de mortos pela covid, atrás apenas dos Estados Unidos com 504.738.
Quando o esperado era o anúncio de um toque de recolher ou lockdown, e de medidas de conscientização para combater o pior índice de isolamento social desde o início da pandemia, veio uma medida de eficácia limitada, batizada de toque de restrição.
Na prática, pouco muda em relação ao que já existe. Em seu anúncio confuso, o governo disse que apenas aumentará a fiscalização de aglomerações. Com isso continuará incentivando a população a agir como se estivesse tudo resolvido, espelhando a irresponsabilidade de seus governantes.
O que os governos estão fazendo é populista e insano!
Cedem a pressões políticas e econômicas, com um olho nas eleições e outro nos interesses do empresariado. E deixam o povo abandonado, com campanha de vacinação em ritmo lento, quase parando, que exigirá quatro anos para imunizar a população, enquanto variantes do vírus proliferam pelo país.
O isolamento social ainda é uma das poucas medidas eficazes para conter a transmissão da doença, como afirmam os especialistas. Para um deles, o Dr. Miguel Nicolellis, “o Brasil precisa aumentar o número de pessoas vacinadas por dia e instituir, simultaneamente, lockdown por entre duas e quatro semanas, exatamente como o Reino Unido fez”.
De fato, o argumento mais recente em favor das restrições vem do Reino Unido e de Israel, onde lockdowns derrubaram a taxa de infecção, associados a campanhas agressivas de vacinação, algo de que o Brasil está bastante distante.
Se dependesse só de integrantes do centro de contingência da Covid-19 de São Paulo, o estado teria feito lockdown generalizado já no fim do ano passado, ou ao menos ampliado mais o uso da fase vermelha do Plano SP.
E eles estão corretos, mesmo se for considerada a economia antes da saúde, pois já está provado que quando mais a pandemia demora a ser erradicada, mais profunda e duradoura é a crise econômica.