Convênio médico no Grande ABC, uma calamidade sem fim
Notícia publicada dia 02/06/2012 02:17
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Saída de hospitais, ambulatório que não fica pronto, materiais estragando…
Imagine um pai que acorda as 02h00 da madrugada com seu filho com 40° graus de febre. Sem pensar duas vezes ele coloca a criança no carro (se tiver) e corre para o hospital conveniado mais próximo. Isso pode ocorrer qualquer dia. O problema para os funcionários dos Correiosque moram em Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, na região do Grande ABC, é que esse hospital credenciado pode estar a mais de 40 quilômetros. Se o trabalhador tiver carro, já é complicado. Se não tiver, fica a mercê do transporte público ou da solidariedade
de algum vizinho ou amigo que possa socorrê-lo. Com a saída do Hospital América na cidade de Mauá, os trabalhadores da região tiveram um grande prejuízo,pois esse hospital era uma referencia para os funcionários que moram ou trabalham na região, restando como opção mais próxima apenas o hospital da cidade de Ribeirão Pires, que em pouco tempo também foi descredenciado. Com isso, um funcionário dos Correios que necessite de um atendimento hospitalar, precisa se deslocar até a cidade de Santo André para ser atendido. E deve estar preparado para aguardar em média 3 horas pelo atendimento, como no caso do Hospital Cristovam da Gama, que esta superlotado, uma das poucas alternativas da região.
Outra facada nos trabalhadores da região é o descredenciamento da rede ambulatorial, como no caso da Clínica Ana Rosa em Santo André, que mudou de endereço, e, segundo a direção da empresa, precisa regularizar a documentação. Já passaram meses e até agora não houve a regularização. Esta é apenas uma pequena parcela dos problemas que os trabalhadores têm comunicado ao Sindicato. Mas já demonstra o caos que se tornou o convênio médico na região. Convênio este que já foi um dos motivos de muitos trabalhadores não saírem da empresa, mas hoje, tornou-se um dos pontos de maior revolta dos trabalhadores do ABC. Nesse momento é importante que os companheiros estejam unidos e prontos para a mobilização, a única maneira de modificar esse quadro que traz prejuízo não apenas para os funcionários, mas também para seus familiares. Vamos à luta.
A novela trágica do ambulatório médico do ABC
A Agência Central do ABC, AC/Santo André, fica na Praça Quarto Centenário no centro de Santo André, num prédio suntuoso. No piso superior da agência, até o ano de 2001 ficava o ambulatória médico da região do ABC. Alegando que o espaço seria utilizado apenas pela REOP, o ambulatório foi retirado da Agência Santo André, com a promessa de que em breve os Correios encontrariam outro prédio e voltaria a ter um ambulatório na região, mas essa novela já dura 11 anos.
O pior dessa situação é que realmente, há muito tempo, existe um prédio locado pelo Correio para ser o ambulatório, localizado na esquina da Rua Campos Sales com a Rua Brás Cubas na região central de Santo André, gerando custo que bem poderia ser aplicado na nossa PLR. O tão sonhado funcionamento do ambulatório está barrado no burocratismo da empresa, e sempre que é questionada pelos trabalhadores e pelo Sindicato, a empresa alega que “no próximo semestre o ambulatória já estará funcionando”. Mas ninguém mais acredita nisso, pois com tantas promessas sem que essa “obra faraônica” seja concluída, ninguém leva mais a sério essa conversa.
Móveis estragando
Enquanto o ambulatório não sai do papel, o mobiliário – que deveria servir para facilitar e organizar o atendimento na futura instalação – fica estragando num canto do mezanino no CEE/Santo André. São mesas, cadeiras, armários e tantos outros materiais que estão tendo como utilidade acumular poeira e servir de moradia para os ratos que persistem em fazer do CEE/ Santo André residência fixa. Parece que a Direção da empresa fecha os olhos para o que está acontecendo, fingindo que essa situação é normal, e só resta aos trabalhadores jogarem um balde de água nos responsáveis para ver se eles acordam, ou seja, se mobilizarem.