O Sindicato denunciou a falta de limpeza à Vigilância Sanitária e à Secretaria de Saúde de São Paulo, enquanto isso, os problemas se agravam nas unidades dos Correios.

No último dia 14/11, os dirigentes sindicais Douglas Melo, Júlio, César, Manoel Feitosa e Marcos Antônio, realizaram uma reunião com os representantes da ECT. O encontro teve como pauta central cobrar o restabelecimento dos serviços nas unidades operacionais e reforçar a cobrança pela regularização dos pagamentos destinados aos profissionais da limpeza, especialmente nas regiões correspondentes às faixas de CEP 04, 05, 06 e 09.

Guilherme, responsável pela área de contratos e manutenção, esclareceu, durante a reunião, que a ECT não possui pendências financeiras com a empresa Fusion, responsável pela limpeza, indicando que as irregularidades ocorrem na empresa terceirizada. Fábio, representante da área de saúde e segurança do trabalho, e Salomão, responsável pelas relações sindicais da ECT, também estiveram presentes na discussão.

Segundo os Correios, a empresa já efetuou um pagamento parcial para a regularização das pendências com as trabalhadoras no setor de limpeza, com a previsão de conclusão total em um prazo de 10 a 15 dias. Contudo, destacou que o contrato com a Fusion expira em 27 de dezembro e não será renovado. Diante dos desafios, Guilherme solicitou um voto de confiança, tendo em vista que assumiu a pouco tempo esse cargo, comprometendo-se a buscar alternativas para amenizar os impactos da falta de faxineiras.

Salomão e Fábio informaram que a empresa tem buscado alternativas para amenizar os impactos causados pela falta de limpeza de faxineiras nas unidades. Um plano emergencial foi criado para remanejar faxineiras de outras regiões para os locais com carência, implementando um rodízio na faxina para amenizar a situação. No entanto, o sindicato questionou essa abordagem, ressaltando que apenas a regularização das faxineiras em todas as unidades possibilitará um ambiente salubre e condições sanitárias adequadas para a realização das atividades.

Além disso, a reunião abordou as adversidades enfrentadas devido às altas temperaturas nos setores de trabalho, comprometendo o bem-estar dos funcionários. O Sindicato expressou também preocupação com a falta de itens básicos, como sabonete para lavar as mãos, papel higiênico, papel toalha e produtos de limpeza, essenciais para a realização da limpeza nos setores operacionais.

Diante da persistência dos problemas, o sindicato tomou medidas mais drásticas e realizou denúncias à Vigilância Sanitária e à Secretaria de Saúde de São Paulo. Com mais de 30 dias sem solução concreta por parte dos Correios, a proximidade da Black Friday e das festividades de fim de ano agrava a situação.

O Sindicato debaterá com os trabalhadores e sua diretoria quais medidas serão adotadas diante deste cenário, caso não seja regularizada a limpeza e as unidades sejam fiscalizadas pelos órgãos competentes.

É inadmissível que os trabalhadores, além de enfrentar os desafios nas ruas e o excesso de trabalho, tenham que arcar com a responsabilidade da limpeza nas unidades e desembolsar dinheiro do próprio bolso para contratar faxineiras.