Recente afirmação do ministro do Trabalho Luiz Marinho em entrevista ao jornal Valor Econômico foi direto ao ponto.

Ele disse que se a Uber quiser deixar o Brasil devido a proposta de regulamentação do serviço por aplicativos, o governo federal pode chamar os Correios para substituir a empresa norte-americana.

“Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituir. Aplicativo se tem aos montes no mercado”, disse o Ministro.

Ele está certo. Os Correios são uma empresa gigante. Têm uma capilaridade única, que chega a todos os cantos do país. Por isso são estratégicos para a nação, para os serviços dos poderes executivo, judiciário e legislativo, dos ministérios, como o da Saúde e da Educação, e para garantir o direito à comunicação a sua população.

Essa empresa pode e deve ser modernizada e se tornar um referência de ponta nas áreas de entregas e logística, mas também de internet e telefonia, em que o monopólio de Claro e da Vivo colocam os preços nas alturas e a qualidade dos serviços no chão.

Acompanhar as mudanças provocadas pelo avanço das tecnologias, se atualizar, gerar produtos nas novas áreas e plataformas e servir ao país e aos brasileiros são necessidade para que e essa parte decisiva da economia nacional não fique nas mãos de abutres estrangeiros que só querem lucros sobre a precarização do trabalho e a destruição do legislação trabalhista, como o Uber, iFood, Amazon, Mercado Livre e outras, inclusive algumas nacionais.

Entrar na era do capitalismo de plataforma, do marketing place e das entregas por aplicativo é tão necessário quanto realizar concurso público, contratar trabalhadores e adequar a mão de obra à real necessidade e ao tamanho da empresa. E enterrar de vez a terceirização e a precarização de áreas e funções.

Veja a fala do Ministro em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/02/06/se-uber-quiser-sair-a-gente-chama-os-correios-para-substituir-diz-marinho.htm

Fonte: FINDECT