CTB quer mobilização total para a Marcha das Mulheres Negras na quarta (18) em Brasília
Notícia publicada dia 09/11/2015 12:55
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As secretarias de Promoção da Igualdade Racial e da Mulher Trabalhadora estiveram reunidas na última quarta-feira (4) com o presidente da CTB, Adilson Araújo, para definir a participação da central na primeira edição nacional da Marcha das Mulheres Negras
“A prioridade da CTB neste momento é denunciar o racismo em todas as suas variações, especialmente no tocante à discriminação das mulheres negras”, diz Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora.
Já para Mônica Custódio, secretária da Igualdade Racial, a Marcha ganha destaque devido às últimas manifestações racistas no país. “Este atos enterram de vez o mito da democracia racial no Brasil. Tanto nas redes sociais como nas ruas o racismo aflora e envergonha a nação”.
“Vivemos quase 4 séculos de escravidão e nunca se cogitou a possibilidade de mobilidade social para os negros”. Justamente por isso, diz ela, “é o sucesso de pessoas como a atriz Taís Araújo e a jornalista Maria Júlia Coutinho (Maju) que incomoda tanto essa gente”.
Na opinião de Mônica, isso acontece por que “elas retratam o futuro, a possibilidade de os negros e negras terem as mesmas oportunidades através da educação com as cotas nas universidades. Elas retratam uma nova mulher que é a cara do país de maioria negra, jovem e de mulheres”.
Para a CTB “essas mulheres negras são trabalhadoras que mostram um outro Brasil, o país que mudou e avançou nos direitos de todos e todas nos últimos anos, mas mostra também a face cruel do retrocesso, daqueles que não aceitam mulheres e negros com as mesmas oportunidades”, afirma Mônica.
A Marcha das Mulheres Negras pretende levar mais de 70 mil pessoas a Brasília na quarta-feira (18). “Nosso objetivo é expressar indignação contra a violência, o racismo e lutar pelo bem viver da mulher negra nesta sociedade machista e conservadora”, afirma Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher da CTB-SP.
A mobilização da CTB se dá nas 27 unidades da federação para levar a Brasília a demanda das mulheres negras que representam 25% da população brasileira e ganham os menores salários e trabalham em piores condições. “Nós, mulheres negras, estamos reivindicando nosso projeto de vida”, explica Ângela Gomes, do comitê organizador da Bahia.
Fonte: Portal CTB