Déficit da previdência não existe, o governo mente”, afirmam os Auditores Fiscais
Notícia publicada dia 26/01/2018 22:48
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O presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), Floriano Martins de Sá Neto, é enfático ao afirmar que o governo Temer mente para justificar sua proposta de Reforma da Previdência.
Para ele, o anúncio do déficit previdenciário feito esta semana pelo secretário de Previdência, Marcelo Caetano, de R$ 268,8 bilhões, é uma falácia, uma estratégia usada por Temer para vender sua reforma e alerta: “não acredite nos números do governo – ele mente e distorce toda a realidade da Previdência Social “.
O que o governo quer é reduzir o gasto social, diminuir a assistência ao trabalhador, inclusive na velhice. E sabe para que? Para usar os recursos arrecadados para remunerar os bancos e os investidores e acionistas, que são as grandes empresas e seus donos. Ou seja, tira do pobre para dar ao rico.
Se essa reforma passar, haverá grande impacto na vida dos trabalhadores brasileiros do campo e da cidade, dos servidores públicos e de toda a população carente e desempregada.
O governo manipula os números, mente e distorce a realidade para dizer que há déficit no sistema. O sistema previdenciário é um conjunto que envolve, além da aposentadoria, a seguridade social e a saúde. O governo mistura tudo, separa o INSS do conjunto e gera a distorção.
O sistema é financiado pela contribuição dos trabalhadores, das empresas e por uma série de impostos criados especificamente para isso na Constituinte de 1988. Mas o governo pega o gasto com aposentadorias e compara só com o que é arrecadado com a contribuição dos trabalhadores. Além disso ele mistura o regime geral com os servidores públicos, militares, juízes e parlamentares.
“Não há problemas, o sistema é estruturado, além da contribuição existem outras fontes para sustentar o sistema previdenciário (aposentadoria e saúde), e não há risco da previdência quebrar e as aposentadorias não serem pagas, como chantageia o governo”, afirma Floriano Martins.
Veja abaixo a entrevista concedida pelo Presidente da ANFIP ao Portal da CTB: