Depois da intervenção no Postalis, empresa e governo falam em intervir no Postal Saúde: VAI TER LUTA!
Notícia publicada dia 13/12/2017 09:25
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A mal explicada intervenção no Postalis, que mais parece confissão de culpa de quem quer jogar sujeira debaixo do tapete, não saciou a sede do governo e da direção da ECT. Eles querem arrancar mais dos trabalhadores, e agora falam em intervir no Postal Saúde.
No Postalis ameaçam inviabilizar a existência do fundo de pensão em que a categoria já depositou bilhões, pensando em um benefício futuro, efetivando um saque criminoso ao bolso do trabalhador. No Postal Saúde a ameaça de intervenção sugere a suspensão e até o aniquilamento do convênio médico da categoria.
Guilherme Campos e Ministro das Comunicações Gilberto Kassab não entregaram os pontos após a derrota sofrida para a categoria, que lutou unificada na Campanha Salarial, conquistou a manutenção do Acordo Coletivo na íntegra e os obrigou a abandonar o plano de levar o TST a impor mensalidade no convênio médico da categoria.
Continuam no ataque, e agora inventaram essa possibilidade de intervenção. Pelo jeito não vão desistir e terão de sofrer uma derrota acachapante vinda da luta unificada e decisiva dos trabalhadores dos Correios.
A conversa agora é que a Agência Nacional de Saúde (ANS) ameaça intervir no plano de saúde da categoria, e que isso piora o movimento do Governo para privatizar os Correios, que também está em pauta. Foi o que disseram para o companheiro Diviza, presidente do SINTECT-SP, e outros dirigentes da FINDECT em reunião realizada na terça-feira, 12 de dezembro.
Também insistiram em apresentar uma situação catastrófica para o Postal Saúde, dizendo que a possibilidade de intervenção decorre da falta de pagamento do fundo garantidor do Plano de Saúde, avaliado em 160 milhões, e que a empresa não tem receita para cobrir a dívida.
Esse novo ataque de Kassab e Guilherme Campos contra os direitos da categoria ocorrem ao mesmo tempo em que veio a público a investigação de uma fraude em um contrato de 850 milhões nos Correios, encaminhada pelos dois. “A fraude denunciada atinge um contrato milionário planejado por Campos e pelo agora ex-diretor de Finanças da estatal Francisco Arsênio de Mello Esquef, desligado em outubro, por causa das suspeitas, ao que parece. Foi enviada em agosto ao presidente do Tribunal de Contas da União, Raimundo Carreiro, e levou à abertura em setembro de uma investigação do TCU que corre sob sigilo, a 026.092/2017-A, aos cuidados da ministra Ana Arraes”. Essa revelação está em artigo publicado na revista Carta Capital. A revista também levanta a possibilidade da fraude estar ligada á arrecadação de recursos para a campanha eleitoral de Campos.
“Não vamos aceitar esse ataque vindo de um governo desacreditado pelo povo, que acaba com os direitos dos trabalhadores para favorecer os empresários”, afirmou o companheiro Diviza. “A categoria vai se unir e ir à luta para defender sua maior conquista, que é o convênio médico, assim como vai defender o Postalis e o direto à complementação à aposentadoria construído com contribuições ao longo dos anos”, completou ele.