Uma manobra contábil feita pela direção militar bolsonarista da ECT derrubou o lucro da empresa para esconder que ele foi de R$ 1 bilhão só nos primeiros meses de 2021.

Só de janeiro a abril o lucro dos Correios chegou a R$ 1 bi. Mas a direção da empresa deu um jeitinho de esconder esse valor, que torna seus argumentos para a criminosa e ilegal privatização dos Correios ainda mais mentirosos.

Mais uma vez ela esconde a realidade para não atrapalhar seus argumentos mentirosos. Dessa vez usou um artifício esdrúxulo. Colocou na contabilidade do mês de fevereiro de 2021 todo o gasto que terá com os PDIs já feitos, que serão pagos em até 75 meses (1º ciclo), conforme o regulamento do plano.

Cada dia dá mais lucro

Além de necessário e essencial ao povo, os Correios são cada vez mais viáveis. A lucratividade é crescente mesmo com o sucateamento imposto pelo governo e sua direção para desacreditar a instituição e justificar a privatização.

O principal motivo está no crescimento contínuo das vendas pela internet e, com elas, do mercado de entrega de encomendas. Ele cresceu muito na pandemia e não vai parar mais de crescer, vai se tornar dominante não só no Brasil, mas em todo o mundo.

Por isso as empresas privadas querem tirar os Correios da frente ou comprá-lo. E o governo está fazendo isso. Mesmo que signifique ganho só para as empresas grandes do setor de entrega e prejuízos enormes para a população e as pequenas e médias empresas.

Inserir um gasto de vários anos em 2 meses, para derrubar o enorme lucro dos Correios, é uma forma de esconder a realidade da sociedade, manter o discurso mentiroso de que o Correio dá prejuízo e precisa de investimentos da união (quando na verdade ele pode investir com recursos próprios) e manter o processo criminoso de privatização.

Arthur Lira vira cúmplice no crime

O presidente da Câmara está passando o trator bolsonarista por cima dos brasileiros. Sem nenhum debate no Congresso e com a sociedade ele está pondo em votação mudanças catastróficas para o país.

É o caso do criminoso PL 591, que materializa a venda dos Correios, colocado em regime de urgência e atropelando todo o processo legislativo de debate em comissões e audiências públicas.

Ou seja, ele promoveu uma votação a jato em meio à pandemia que vai trazer retrocessos para o país. E o deputado bolsonarista Gil Cutrim, escolhido a dedo pelo governo para ser relator desse projeto destruidor, tem a cara de pau de se juntar ao ministro do baú das comunicações Fábio Faria e dizer que está havendo debate.

E não é só na privatização dos Correios que ele está atropelando a discussão. Há outros temas  que trazem retrocesso ao país a um passado com menos democracia e direitos para o povo.

Também estão sendo impostos as reformas administrativa e tributária, questões sobre o desmatamento da Amazônia, mudanças que ele vem encaminhando bem escondido sobre reforma eleitoral e política, entre outros. Ele tem que ser parado junto com o governo criminoso que representa.

Veja AQUI o texto sobre a manobra contábil da ECT no portal Recontaai.

Fonte: Findect