Economia mundial: seis anos de crise

Notícia publicada dia 22/08/2012 13:29

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A economia mundial atravessa o sexto ano da crise iniciada em 2007 nos EUA, uma das mais longas e graves da história do capitalismo.
Não se vê sinal no fim do túnel. O epicentro das turbulências migrou para a Europa, estagnada. O FMI dita as regras da política econômica aos países endividados, descarregando sobre as costas da classe trabalhadora o ônus da crise criada pelos banqueiros. A Grécia, em recessão há mais de cinco anos, cortou em 20% o valor nominal do salário mínimo; Portugal aumentou a jornada de trabalho e reduziu direitos; a taxa de desemprego na Espanha subiu a 24% e mais de 50% dos jovens procuram e não encontram emprego. O chamado Estado de Bem Estar Social, que ainda ontem era motivo de orgulho do velho continente, está sendo impiedosamente desmantelado. A região vive um retrocesso social provavelmente sem paralelo.
Os assalariados resistem bravamente. Greves e manifestações se multiplicam num cenário de radicalização da luta de classes. No Brasil, a economia está estagnada e a indústria em recessão. O ritmo de geração de empregos caiu. O aumento do salário mínimo e do consumo amortecem os impactos da crise e o governo vem tomando medidas para estimular a produção. Mas as iniciativas, ainda que positivas no geral, são tímidas e insuficientes. As centrais sindicais cobram contrapartidas sociais aos incentivos concedidos às empresas, notadamente a garantia do emprego, além de maior ousadia na mudança da política econômica. Não podemos aceitar atitudes como a da multinacional GM, que depois de embolsar milhões em benefícios fiscais e remeter bilhões de dólares em lucros e dividendos para os EUA anuncia demissão em massa em São José dos Campos.

Fonte: Jornais das Centrais CTB, Força SindicalUGT e Nova Central

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