ECT e Governo Federal minimizam coronavirus e mantém agenda de exposição e morte aos trabalhadores
Notícia publicada dia 06/05/2020 09:31
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Direção da empresa usa gerências para assediar moralmente os trabalhadores que estão em trabalho remoto e obrigá-los a retornar ao trabalho presencial e se expor à contaminação, adoecimento e morte!
A direção da ECT e o Governo Bolsonaro ainda estão achando que é só uma gripezinha, mesmo com as mais de 7.321 mortes e 107.780 mil casos contabilizados pelo Ministério da Saúde que, como todos sabem, estão muito abaixo da realidade.
De olho única e exclusivamente no lucro possibilitado pelo aumento das entregas, usa artifícios antiéticos para induzir trabalhadores a abrirem mão da autodeclaração que lhes dá direito ao trabalho remoto por coabitarem com pessoas do grupo de risco e crianças em idade escolar.
Além de antiético, o abuso é ilegal, porque burla a liminar conquistada pelo Sindicato na justiça, determinando que a empresa se abstenha de impor penalidade aos que convocados, não retornarem ao trabalho. E contraria as orientações do Ministério da Saúde, de órgãos estaduais e municipais, que preconizam o isolamento como ferramenta essencial para conter a pandemia.
O resultado não poderia ser outro. Alguns trabalhadores e trabalhadoras que caem nesse conto do vigário estão voltando às unidades, sendo contaminados pelo coronavírus e, infelizmente, já há casos de óbitos.
O Sindicato reafirma a orientação dos trabalhadores a não cederem a esse assédio moral e manterem o direito ao trabalho remoto, no caso de coabitação com pessoas do grupo de risco, crianças em idade escolar e gestantes!
Não abra mão de sua autodeclaração, porque a empresa está usando o artifício de indeferir o termo de prorrogação do trabalho remoto.
O assédio moral praticado pela empresa, através de suas gerências, é criminoso e passível de ação judicial, sobretudo na atual situação de excepcionalidade, em que a vida da cada um está em jogo!
O Estado de São Paulo é o epicentro da pandemia de covid-19 no Brasil: contabiliza 2.654 óbitos e 32.187 casos de contaminação, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo do dia 5 de maio. Está longe do pico e deve passar de 10 mil mortos. Com mais de 87% dos leitos ocupados, São Paulo deve colapsar “em breve”!