Direção da empresa mantém enrolação e intransigência com a PLR
Notícia publicada dia 04/08/2022 08:19
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Em reunião no dia 2 de agosto para continuar as tratativas das PLR 2021 e 2022, os representantes da direção militar da ECT mantiveram o discurso enrolado, a tentativa de impor regras e condições para o pagamento do direito do trabalhador e a fuga da definição da PLR 2021
Bolsonarismo e militarismo não mudam o tom quando o assunto foca os direitos dos trabalhadores. Na discussão do PLR, como sempre, enrolam, negam informações, dificultam a negociação e buscam formas de não pagar o que a categoria tem direito.
A reunião de terça, 2 de agosto, foi novamente uma sessão de enrolação. Dessa vez os prepostos do general e do capitão insistiram o tempo todo em negociar PLR deste ano, a ser paga ano que vem, fugindo da discussão da anterior, a ser paga agora.
Para piorar o caldo já azedo, querem impor condições para o pagamento. Entre eles, critérios com metas praticamente impossíveis de serem atingidas. O grande absurdo disso está no fato de que o trabalhador já cumpriu o critério para receber a PLR de 2021. Ele está cumprindo o critério para a de 2022. Está trabalhando e garantindo o lucro que será dividido.
E está trabalhando muito. A empresa não contrata funcionários nem realiza concurso. E faz todos atuarem por dois ou mais. Não valoriza nem aumenta os salários e nos últimos anos roubou inúmeros direitos que mexeram diretamente no bolso da categoria.
Inventar critério é mais um meio de negar e tirar direitos adquiridos.
Quanto à PLR de 2021, a ser paga agora, os prepostos da direção da empresa enrolam e tentam fugir da discussão. Quando não dá mais para se esconder, voltam com a conversa de que existe uma proposta que a direção da ECT enviou ao SEST, órgão de controle das estatais ligado ao Ministério da Economia, de Paulo Guedes, mas até o momento ele não respondeu.
Nem vai. De olho na reeleição, o governo está preocupado em tirar dinheiro dos serviços sociais, inclusive da saúde e da educação, para bancar aumento de R$ 200 no auxílio e tentar comprar votos do povo pobre. Não vai titubear em dar calote no trabalhador e roubar o direito adquirido que ele tem.
O Presidente do SINTECT-SP Elias Diviza e o Secretário Geral Ricardo Negopeixe participaram dessa reunião e saíram com ainda mais certeza de que a luta é necessária.
“Vamos luta”, afirmou Negopeixe. Para Diviza, “a situação exige a união e a resistência dos trabalhadores. Vamos exigir a PLR do ano em que a empresa teve o maior lucro de sua história graças ao suor do trabalhador ecetista, que foi obrigado a trabalhar em dobro, sob o risco da COVID e teve seus rendimentos arrochados com reajustes irrisórios e roubo de benefícios. E vamos repudiar a tentativa de impor metas no pagamento do nosso direito!”
A próxima reunião vai ocorrer no dia 18 de agosto, às 14h30, mas a organização da luta começa já!