ECT rebate jornal e garante que teve lucro de mais de R$ 1 bilhão

Notícia publicada dia 28/05/2015 19:16

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Este lucro garante uma PLR melhor que a do ano passado, incorporação de parte da GIP relacionada à lucratividade e a possibilidade de um bom aumento neste ano

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A ECT foi rápida. Logo após o Jornal Valor Econômico publicar matéria falando em manobra para esconder prejuízo, a empresa publicou resposta em seu blog.

Na matéria, ela garante o seguinte:

– Que não houve manobra contábil;

– Que o balanço “foi adequado às normas internacionais de contabilidade”;

– Que a empresa está indo muito bem e expandindo;

– Que nos últimos anos houve “aumento de 32% na receita de vendas e de 33% na receita total — o equivalente a um adicional médio anual de R$ 1 bilhão na receita de vendas”;

– Que o “crescimento nominal da receita total dos Correios, entre 2010 e 2014, foi de R$ 4,4 bilhões”.

Sobre 2014 a empresa afirma em seu texto que “em 2014, a receita de vendas cresceu 8,4 %, passando de R$ 15,4 bilhões em 2013 para R$ 16,6 bilhões em 2014; a receita total cresceu 6,2%, passando de R$ 16,6 bilhões para R$ 17,7 bilhões; e a base de clientes com contrato foi ampliada em 8,6%”.

Ótimas notícias para os ecetistas

Com esses números, dá para a empresa garantir uma PLR muito melhor que a anterior. Dá para pagar a parte de R$ 100,00 da GIP, cuja incorporação depende da lucratividade. E sobretudo dá para garantir um aumento decente para a categoria na Campanha Salarial deste ano, começando uma revitalização dos baixos salários pagos pela empresa e uma valorização dos ecetistas, os trabalhadores de estatais que ganham o menor salário no país.

Leia, a seguir, a íntegra da matéria publicada no Blog dos Correios:

Esclarecimento sobre matéria do jornal Valor Econômico

Com relação à matéria divulgada pelo jornal Valor Econômico nesta quarta-feira (27), os Correios esclarecem que não houve qualquer tipo de “manobra” para fechamento do balanço contábil 2014 da empresa.

Na verdade, o balanço da empresa foi adequado às normas internacionais de contabilidade, o que é um marco de transparência e melhoria de gestão na estatal e resultou na aprovação sem qualquer ressalva pela auditoria externa independente, quando chegou a possuir 12 ressalvas em 2010. Pela primeira vez, os Correios assumiram os compromissos de previdência e de saúde (benefício pós emprego) de seus 120 mil trabalhadores, provisionando cerca de R$ 1 bilhão para esse fim. O impacto foi significativo no resultado final, que ainda assim manteve lucro líquido de cerca de R$ 10 milhões. Caso esse provisionamento não fosse realizado, o lucro registrado superaria R$ 1 bilhão. Há ainda que se considerar o desembolso de R$ 235 milhões para o plano de demissão incentivada. Também causou impacto significativo no resultado da empresa o não realinhamento das tarifas postais — que, caso tivesse ocorrido, renderia R$ 482 milhões de acréscimo na receita.

Diferentemente do que diz o Valor, a empresa vive um acelerado processo de revitalização de sua gestão e de seus processos operacionais.

Já presente em todos os municípios do Brasil, em 2014 os Correios chegaram também a 97% dos distritos com mais de 500 habitantes, conforme estabelecem as normas governamentais. Com relação à entrega de cartas e encomendas, a empresa superou sua meta e expandiu o serviço de distribuição postal externa a 84,7% da população brasileira. Além da expansão, a estatal tem buscado o aprimoramento dos serviços postais, por meio de investimentos de aproximadamente R$ 2 bilhões nos últimos cinco anos — sendo que em 2014 o montante atingiu R$ 551 milhões, com destaque para o investimento de R$ 182 milhões em modernização de veículos, R$ 121 milhões na instalação e manutenção da rede de atendimento e R$ 146 milhões em equipamentos de informática.

Em uma empresa de proporções gigantescas como os Correios, é um erro usar números absolutos desprovidos de contexto. É o que faz o Valor, ao citar que a empresa atingiu “um pico de 1 milhão de reclamações mensais”, omitindo que este volume é ínfimo perto do total de entregas realizadas no período. Somente em um dia, os Correios entregam 36 milhões de cartas e encomendas em todo o Brasil. O dado correto a ser considerado pela população brasileira é que, em 2014, o percentual de reclamações sobre o tráfego de objetos registrados no País foi inferior a 0,1%.

Não há que se comparar o resultado atual com o de 2012, já que, conforme amplamente divulgado à imprensa, inclusive ao Valor Econômico, o lucro de 2012 deveu-se quase que exclusivamente ao rendimento de aplicações financeiras e não à operação postal. A verdade é que, ao longo dos últimos cinco anos, os Correios apresentaram expansão sustentável de seus negócios, com aumento de 32% na receita de vendas e de 33% na receita total — o equivalente a um adicional médio anual de R$ 1 bilhão na receita de vendas. O crescimento nominal da receita total dos Correios, entre 2010 e 2014, foi de R$ 4,4 bilhões. Só em 2014, a receita de vendas cresceu 8,4 %, passando de R$ 15,4 bilhões em 2013 para R$ 16,6 bilhões em 2014. A receita total cresceu 6,2%, passando de R$ 16,6 bilhões para R$ 17,7 bilhões. A base de clientes com contrato foi ampliada em 8,6%.

Essa situação é muito diversa de outros operadores postais de mesmo tamanho que os Correios. Em 2014, por exemplo, o operador postal indiano registrou prejuízo de US$ 868 milhões e o dos Estados Unidos, prejuízo de US$ 5,5 bilhões.

Enfim, os Correios tomaram as medidas necessárias para garantir o crescimento seguro e atualmente estão em uma posição sólida e ajustada para enfrentar um novo ciclo de crescimento nos próximos anos. Sem cortar empregos ou perder receita e, ainda, mantendo um serviço postal acessível e de qualidade.

Fonte: Blog dos Correios.

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