Os trabalhadores do CDD Jardim Paulista denunciam o massacre continuado e cada dia mais forte contra eles. Sentem-se como num campo de trabalho forçado, em que a regra é massacrar, espremer e tirar tudo dos trabalhadores, inclusive a saúde física e mental, o que ao final os deixarão doentes e sem conseguir trabalhar.

Muito serviço e pouco trabalhador

Hoje, a unidade conta com 5 pessoas doentes e afastadas devido a esse massacre. E mesmo com toda a sobrecarga de trabalho, 6 trabalhadores estão emprestados para outros setores. Segundo os companheiros do setor, até o cipeiro está emprestado, o que é ilegal, uma vez que ele é representante do setor eleito pelos demais.

De quem é a culpa?

Não bastasse a sobrecarga, a pressão e o massacre, os trabalhadores são obrigados e coagidos a responderem quando não conseguem entregar todos os objetos. É óbvio que o problema é a falta de trabalhadores na unidade, o excesso de serviço e a sobrecarga de trabalho que isso gera.
Mas a empresa inventa um termo em que se lê: “Eu ……., Matricula……., lotado no CDD Jardim Paulista, trouxe ….. de resíduo qualificado pelo motivo de ……”

É para rir ou chorar? De onde veio essa ideia estapafúrdia?

Ela obviamente tem só uma resposta, mas acaba servindo para pressionar os trabalhadores e induzi-los a se culparem por uma situação cuja culpa vem das decisões e ações daqueles que estão na chefia, na gerência e na direção da empresa.

Banco de horas NÃO!

Ainda segundo os trabalhadores, a justificativa da chefia do setor foi que, segundo ordens da GERAE, o pessoal tem de fazer horas extras para dar dá conta do serviço. Mas não podem lançar as extras. Devem aceitar um banco de horas, porque segundo a empresa as horas extras estão suspensas. Isso é ilegal! Não tem banco de horas na ECT e hora extra TEM de ser paga!

Para completar, quem não fizer isso tem que responder o tal do termo acima, que sequer tem o nome dos Correios, e os que discordam são ameaçados e informados que serão perseguidos, uma afronta a dignidade dos trabalhadores.

Essa situação não pode perdurar!

Mesmo com um governo democrático, a ditadura impera na região central. O Sindicato e os trabalhadores exigem medidas e mudanças imediatas que solucionem os problemas da unidade. A situação está desumana e insustentável!