Sindicalistas conversam com Lula sobre tabela do IR, salário mínimo, reforma trabalhista e pauta das Centrais
Notícia publicada dia 20/01/2023 12:33
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Na mesma reunião realizada na última quarta-feira, 18 de janeiro, em que FINDECT entregou carta cobrando a realização de concurso público nos Correios, suspensão dos atos e medidas iniciados no antigo governo e a criação de uma mesa permanente para discutir o futuro e fortalecimento da empresa, o presidente Lula reafirmou seu compromisso com a devolução de direitos retirados e melhoria na renda dos trabalhadores.
Representantes das 10 centrais sindicais e cerca de 600 dirigentes sindicais participaram de reunião com o Presidente Lula e os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Casa Civil, Rui Costa.
Lula anunciou a criação de Grupos de Trabalho Interministeriais para debater:
● Retomada da política permanente de valorização do salário mínimo, com o aumento do piso salarial nacional. Esse GT terá instalação imediata e se debruçará sobre as regras de reajuste e reinstalação da Política de Valorização. Para os Sindicalistas, isso vai impactar positivamente a vida de 60 milhões de pessoas e importa muito para quem movimenta e incrementa a economia, como o auxílio emergencial. Ministros informaram que o novo valor do mínimo será anunciado depois de discutido no Grupo. Segundo o documento assinado na reunião, o governo terá prazo de 45 dias, renovável por mais 45, para formular uma proposta.
●Revisão de pontos da reforma trabalhista. È uma discussão importante para os trabalhadores, que tiveram perdas de diversos direitos nos últimos seis anos. Os Sindicalistas pediram a criação de uma nova “estrutura sindical”, que não envolva a volta do imposto sindical obrigatório, mas preveja formas de financiamento das entidades.
●Ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR). O Presidente reiterou o compromisso do governo em ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 5.000,00, No entanto, lembrou que a medida precisa de lei e, por isso, não poderá ser feita “no grito”. Afirmou ainda que será necessária a pressão dos órgãos sindicais para que a medida seja efetivada. E que a mudança não recairá sobre a próxima declaração, referente ao ano base de 2022, porque, para isso, teria de ser prevista no ano passado, no governo anterior. E lamentou que, pela falta de reajuste na tabela nos últimos 6 anos, trabalhadores que ganham acima de um salário mínimo e meio pagarão IR.
●Outros 2 Grupos de Trabalho debaterão a valorização da negociação coletiva e dos sindicatos, bem como a regulamentação para trabalhadores de plataforma de aplicativos.
●O Presidente também defendeu que seja realizada uma *reforma tributária ainda no primeiro semestre, dizendo que é necessário muito convencimento no Congresso e muita organização da sociedade.