Em evento com Sindicatos, Lula assina compromisso com a defesa dos Correios públicos
Notícia publicada dia 14/04/2022 20:08
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Elias Diviza, Presidente do SINTECT-SP e Vice-presidente da FINDECT, se reuniu com o ex-presidente antes do evento, dialogou sobre a situação da ECT e da categoria ecetista e apresentou o documento, que Lula fez questão de assinar!
O encontro do ex-presidente Lula com sindicalistas foi realizado na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, na sexta 14 de abril. Indicado a vice numa chapa com Lula para concorrer à presidência do país em outubro, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) também participou, assim como o Presidente da CTB e de outras Centrais Sindicais.
Diviza conversou por cinco minutos com Lula no início do evento. “Conversamos com Lula como SINTECT-SP e FINDECT. Conseguimos firmar o compromisso dele com a categoria de não privatização dos Correios. Foram cinco minutos muito produtivos. Lula disse que ama muito a categoria ecetista e fez questão de assinar documento de compromisso com a categoria contra a privatização, em defesa do correio público e de qualidade”, afirmou Diviza.
O Brasil precisa do Correio público
O compromisso assumido por Lula já era esperado pelos dirigentes do Sindicato e da Federação. Em seu primeiro governo, Lula se aproximou muito da categoria, abriu as portas para a aprovação de adicionais de para negociações de mais direitos e benefícios.
Sempre reconheceu a importância dos Correios para a integração e a segurança nacionais. E agora, com o crescimento das vendas pela internet e das entregas de encomendas, ele se mostra consciente de que os Correios têm tudo para se consolidar como potência. E que precisa ser mantido estatal para garantir o acesso de todos os brasileiros aos serviços postais, além de favorecer os pequenos negócios que precisam de um prestador parceiro de serviços de logística e entrega, para não perecerem nas mãos das multinacionais ávidas por lucro.
Devolver os direitos dos trabalhadores
No encontro, Lula afirmou que é preciso união ampla para evitar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesse sentido, a chapa de Lula com Alckmin foi lançada sob o discurso de “democracia contra fascismo”. Vamos juntar as experiências e para tentar reconstruir o que foi destruído desde 2016 até hoje, disse lula no evento.
Ele também voltou a falar na revogação da reforma trabalhista. Para ele, esse é um dos principais objetos dessa reconstrução. A avaliação é que a reforma trabalhista foi nociva em quase sua totalidade e que é preciso revogá-la para retomar os direitos tirados dos trabalhadores.
Em entrevistas, Lula tem afirmado que pretende retomar direitos que foram extintos. Também tem dito que é a favor da valorização do papel dos Sindicatos e de uma legislação que inclua trabalhadores de aplicativos.
O que ele defende é uma nova proposta de reforma trabalhista que seja mais moderna, que considere a nova realidade do mercado de trabalho surgida com as novas tecnologias, que seja inclusiva e que resgate os direitos históricos dos trabalhadores. E por isso a revogação do que foi feito e unicamente a ampliação da exploração da mão de obra e dos lucros empresariais.
Devolver os direitos dos ecetistas
Nesse contexto está a devolução do que foi surrupiado da Convenção Coletiva dos trabalhadores dos Correios durante a pandemia, por vontade da direção militar da ECT e do governo, com ajuda do STF.
Para Diviza, a reforma trabalhista tem que ser revogada, assim como a destruição que foi feita nos direitos da categoria ecetista. “Contamos com a boa vontade do próximo governo, mas também com a luta da categoria, que será muito forte já este ano e nos próximos”, Disse.
E completou afirmando que o atual governo precisa ser derrotado. “Ele (o governo atual) está acabando com os empregos, jogou o país na maior inflação dos últimos 28 anos, quer liquidar o país vendendo os Correios, a Petrobrás e outras estatais, e deixa o povo na miséria”.