Federações entregam Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial Unificada 2019

Notícia publicada dia 18/06/2019 17:19

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ECT reflete a indisposição do governo ao diálogo e recebe a Pauta da categoria com frieza, numa indicação de que a Campanha Salarial se dará no pior momento possível e exigirá unidade, disposição de luta e mobilização sem precedentes para ser vitoriosa.

Protocolo da Pauta – Da esq para dir: Anézio Rodrigues (FINDECT), Emerson Marinho (FENTECT), Elias Cesário – Diviza (FINDECT) e Amanda Corcino (FENTECT)

Nem Presidente nem Vices-presidentes. A pauta foi recebida por prepostos. E soube-se nos bastidores que o governo proibiu fotos com trabalhadores e seus representes.

O clima é de hostilidade desde a entrega das Reivindicações pelas duas federações da categoria, a FINDECT e a FENTECT. Isso deixa claro como será a Campanha Salarial desse ano.

Nunca houve campanha fácil, é claro. Sempre a categoria teve que lutar, e muito, para conquistar os direitos e salários que têm hoje.

Mas sob um governo que tem no autoritarismo sua principal característica, só com muita organização os trabalhadores garantirão condições de disputar essa luta, não sair perdendo e terminar vencendo.

As duas federações entregaram as pautas com conteúdos muito próximos. E a disposição para a negociação, a mobilização e a luta conjunta é total. A gravidade do momento exige que qualquer diferença seja esquecida em nome da unidade na luta.

A organização precisa começar já em todos os setores. A proximidade da data-base da categoria, que é 1º de agosto, exige isso. Dialogar, explicar, convencer todos a participar é a exigência imediata!

Impedir a privatização é prioridade!

O General Juarez Cunha é, segundo o governo, ex-presidente dos Correios porque se comportou como “sindicalista”. Mas ele ainda está em atividade e fez uma audiência para trabalhadores da empresa nessa segunda, 17/06, na sede da ECT em Brasília.

Ele vinha defendendo os Correios contra a privatização com argumentos sólidos, com dados e estatísticas, embora tenha defendido a venda de ações para capitalizar a empresa, o que no fundo é uma forma de privatizar.

Na audiência de segunda ele mudou o tom. Disse que a privatização vai ocorrer porque foi uma promessa de campanha do governo e ele vai cumprir. Também disse que fazer uma greve só pioraria a situação, o que indica intenção de desmobilizar e manter a categoria sob controle.

Chegou a indicar como seria o processo de privatização. Usou o gigantismo da empresa e as barreiras constitucionais para dizer que seria um processo longo. E disse para o pessoal ter calma, não se afobar e colaborar ao máximo para que a empresa cresça e não dependa do governo, pois isso seria considerado no processo de privatização.

É evidente que o Governo Bolsonaro está em crise e precisa mostrar ação e resultados. E que elegeu a Privatização dos Correios como uma forma para tentar se salvar. Mas a postura do (ex) presidente da ECT significa que mudou de posição? Ou ele estaria num jogo de cenas, em que seu papel é fazer os ecetistas aceitarem calados a privatização, perda de direitos e até dos empregos?

São dúvidas que precisam ser esclarecidas. O mais importante é que, com o General ou com outro presidente, a Campanha Salarial será complicadíssima e o processo de privatização seguirá e deve ser aprofundado.


Clique AQUI e visualize a Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2019/2020


Há muita luta pela frente, portanto, e a organização e união da categoria são fundamentais para enfrentar as dificuldades e pensar em vitórias.

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