Novo método precariza serviço e gera insatisfação entre os Trabalhadores.

O novo sistema implantado nos CDDs para triagem de cartas vem causando insatisfação entre os trabalhadores, especialmente em São Paulo e região. A mudança faz parte do programa de Otimização das Atividades Internas (OAI). Nesta sexta-feira (14) a FINDECT esteve na sede da ECT, em Brasília, para cobrar esclarecimentos e melhorias em relação a mudança, feita sem estudo prévio, causando deficiências nos serviços oferecidos. A triagem que antes era feita por rua/logradouro, hoje é feita por CEP, aumentando o tempo de seleção e ordenamento das correspondências.

“Trouxemos aqui para a direção da empresa as reclamações dos trabalhadores em relação a mudança no sistema de triagem. Lá em São Paulo esse método que a ECT implantou não está dando certo. Eles se comprometeram a ir lá identificar e tentar resolver o problema. Esperamos uma mudança no total e urgente porque a rejeição é enorme por parte dos trabalhadores de SP”, declarou Rogério Bueno, dirigente do SINTECT-SP.

Bueno explica que antes a triagem de correspondências era feita por logradouro/rua e os carteiros tinham uma agilidade maior. Agora, com o novo método, introduzido na tentativa de otimizar o tempo, o trabalho foi redobrado, gerando atraso no serviço.

“A insatisfação é porque o trabalho está sendo maior que antes, sem resultados positivos e com grande perda de tempo. Isso, ao invés de agilizar atrapalhou, porque não estamos ganhando tempo. Um CEP geralmente tem três, quatro distritos ou dois distritos, no mínimo. Com isso, as ruas são misturadas e essa mistura, ao invés de poupar, aumenta o tempo”, explica.

Por sua vez, a direção dos Correios, representada por Frank Schneider C. Moura, Fagner José Rodrigues e integrantes do corpo técnico, ouviram as demandas dos trabalhadores e solicitaram da Federação e Sindicato a relação das unidades mais afetadas, a fim de resolver a situação.

“A FINDECT e o sindicato de São Paulo estarão acompanhando essa vistoria que a empresa prometeu fazer para garantir a resolução imediata do problema. Os trabalhadores seguirão mobilizados contra essa situação que ocorre dentro do programa OAI e a intenção é mostrar, de fato, a realidade para a direção da empresa durante a sua visita à SP”, alertou Elias Cesário (Diviza), representante da FINDECT e SINTECT-SP.

Postal Saúde

Os representantes das entidades aproveitaram a visita à capital federal para fiscalizar as ações do Postal Saúde em relação aos problemas ocorridos no atendimento prestado aos beneficiários e cobrar urgência na melhoria dos serviços.

“Estivemos ainda com o presidente da Postal Saúde, Ariovaldo Câmara, cobrando explicações sobre a informação que tivemos de que a PS só conseguirá pagar 27% das suas dívidas este mês com os seus associados, ou seja, os hospitais que atendem os trabalhadores. O presidente nos prometeu que resolveria isso com o presidente dos Correios, Guilherme Campos. Falamos também sobre o problema que ocorre no Maranhão – a questão da falta de hospitais na capital e interior para atender os trabalhadores. A direção se comprometeu a ir ao Estado para discutir junto ao Sindicato e FINDECT uma maneira de resolver essa situação. E, logicamente, discutimos também melhorias nos serviços prestados pela Postal em todo o Brasil. No próximo dia 20 teremos a comissão paritária para debater tudo isso e buscar soluções. Seguiremos mobilizados em defesa dos direitos dos trabalhadores dos Correios”, concluiu Diviza.

De Brasília, Ruth de Souza – FINDECT