Os representantes da FINDECT unem forças nos EUA para exigir reparação do banco BNY Mellon pelos danos ao fundo de pensão dos trabalhadores dos Correios, com ato agendado para 1º de setembro em Nova York.

Na tarde deste último domingo, 27 de agosto, na Philadélfia, Estados Unidos, aconteceu a cerimônia de abertura do 6º Congresso da UNI Global Union, que representa mais de 20 milhões de trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo e do qual a FINDECT é afiliada.

A cerimônia começou com uma mensagem em vídeo dos sindicatos locais da Philadélfia, seguida pelos discursos do prefeito da cidade, Jim Kenney, do presidente do Philadelphia CLC (entidade sindical local), Danny Bauder, e do atual presidente da UNI Global Union. “Comprometemo-nos a avançar com nossos afiliados, organizando, sindicalizando, estabelecendo acordos globais e mantendo a solidariedade por um mundo melhor“, declarou o presidente da UNI Global Union, Rubén Cortina, na abertura do Congresso.

Após as intervenções das lideranças sindicais, os participantes do Congresso apreciaram o espetáculo musical intitulado “Uma Viagem Através da Música Americana”. O 6º Congresso da UNI Global Union foi encerrado com as palavras do senador dos Estados Unidos pelo estado de Vermont, Bernie Sanders.

Sanders enfatizou que “democracia significa que cada pessoa tem um voto. Não significa que multimilionários possam comprar e corromper a política. Quando a concentração de propriedade e renda é extrema, tudo fica em risco“.

Durante seu discurso, Bernie Sanders defendeu também a redução da jornada de trabalho sem redução salarial. “Com toda a riqueza que temos, não é aceitável que tão poucos tenham tanto, enquanto tantos têm tão pouco. E é o movimento sindical que vai provocar essa mudança!“, concluiu o senador.

Os representantes da FINDECT continuam hoje, segunda-feira, 28, participando do 6º Congresso da UNI Global Union. Os itens da agenda incluem a aprovação do regimento interno, eleição das Comissões de Credenciamento e Resoluções, premiações e homenagens, além de debates fundamentais sobre os temas “Estabelecer Poder Sindical para Todos e Todas” e “Igualdade para Mulheres através de Negociações Coletivas”.

Reunião preparatória do ato recebe apoio de Sindicatos Internacionais

Também no último domingo, 27, os representantes da FINDECT – Elias Diviza, Marcos Sant’Águida, Anézio Rodrigues, o diretor jurídico e representante legal da FINDECT nos EUA, José Aparecido Rufino, e o Secretário de Relações Internacionais, Ronaldo Leite – junto com a FENTECT, ADCAP e FAACO, realizaram uma reunião crucial com a UNI Global. O objetivo era alinhar detalhes para um ato marcante em Nova York, programado para 1º de setembro.

Anézio Rodrigues, tesoureiro da FINDECT e do SINDECTEB, ressaltou a importância do comprometimento: “Estamos unindo nossos esforços para garantir que os trabalhadores dos Correios sejam reparados, pois não suportam mais os ônus de contribuições extraordinárias, bem como a perda de direitos, consequência do déficit majoritariamente causado pela administração negligente do BNY Mellon.“

José Aparecido Rufino, diretor jurídico e responsável legal pela FINDECT nos Estados Unidos, também se pronunciou: “Nossa presença aqui é essencial para pressionar o BNY Mellon a reconhecer a responsabilidade pelos danos causados aos trabalhadores dos Correios. Estamos determinados a buscar justiça e reparação.“

Tendo em vista a sede do banco nos Estados Unidos, é crucial contar com o apoio das entidades sindicais americanas para exercer pressão sobre o BNY Mellon e obter a restituição dos recursos do fundo de pensão dos trabalhadores. O BNY Mellon gerencia fundos de pensão de diversas categorias de trabalhadores no país, e a colaboração dos sindicatos locais pode ser crucial para alcançar um acordo que restabeleça os recursos devidos ao Postalis.

Diviza, vice-presidente da FINDECT e presidente do SINTECT-SP, reforçou a relevância da luta em defesa das aposentadorias dos trabalhadores dos Correios. Ele destacou que a FINDECT tem se empenhado incansavelmente para pressionar o BNY Mellon, contando com o apoio dos sindicatos americanos nessa jornada de lutas nos EUA.

Marcos Sant’Águida, diretor da FINDECT e Presidente do SINTECT RJ, enfatizou a relevância da união entre as entidades dos Correios brasileiros com órgãos de fiscalização internacionais. Essa colaboração se mostra crucial para pressionar o BNY Mellon a devolver os recursos do fundo de pensão Postalis.

Essa mobilização unificada internacional faz parte de uma série de atividades realizadas nos Estados Unidos, com o intuito de pressionar o banco norte-americano BNY Mellon a reparar o fundo de pensão Postalis e os trabalhadores, afetados por uma administração negligente dos recursos das aposentadorias dos trabalhadores dos Correios.

Essa jornada de lutas tem obtido apoio não somente das organizações brasileiras, mas também da UNI Global Union e da Central Sindical Americana AFL-CIO. O banco BNY Mellon foi responsável por perdas significativas, atingindo a cifra de dois bilhões de dólares, afetando quase metade dos recursos do plano BD do Postalis.