Na tarde e noite de 29 de novembro, os representantes dos trabalhadores da FINDECT estavam liberados de seus trabalhos em Brasília e tomaram a corajosa decisão de somar forças aos estudantes e demais lutadores de todo o Brasil contra a PEC 55/16

Desde a manhã, dezenas de ônibus, caminhões e marchas de trabalhadores e estudantes invadiram Brasília em luta contra a PEC da morte, que foi votada e aprovada em 1º turno a noite pelos Senadores.

Seguindo nas linhas de frente da manifestação estavam pela FINDECT representantes de SPM, TO e MA, com palavras de ordem pacificamente se dirigindo ao congresso nacional.

A marcha, que contava ainda com outros mais de 20 mil companheiros gritando “Fora Temer e leve junto com você embora a PEC 55”, foi atacada brutalmente pela polícia militar, que já estava à frente do edifício do senado nacional.

Bombas de gás queimando olhos, ardendo pulmões, cavalaria avançando contra jovens e trabalhadores repeliam covarde e cruelmente os manifestantes que queriam apenas ser ouvidos.

Tomados pela responsabilidade de serem exemplo para a nova geração ali presente, os representantes da FINDECT ficaram de 15h00 até as 20h00 sempre nas linhas de frente, instruindo os demais presentes, cuidando dos feridos pelo gás e apoiando as manifestações que representam o povo brasileiro.

Os representantes da FINDECT reforçam o chamado para a luta contra a PEC 55/16 e seus efeitos desastrosos!

Esta PEC propõe o congelamento dos gastos do governo por 20 anos. Serão afetados principalmente as áreas de educação e de saúde, que ficarão sem novos investimentos e tendem a piorar muito o atendimento à população.

As estatais e seus funcionários, bem como os servidores públicos diretos, também sofrerão as consequências desse congelamento com a redução de investimentos, planos de demissões, congelamento de salários e outros ataques, que virão com a justificativa de que não haver verbas. Aliás, já estamos vendo isso no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal e também nos Correios.

A segunda e definitiva votação será realizada no dia 13 de dezembro. Lá estaremos novamente para unir forças com os demais trabalhadores e os estudantes. Uma nova batalha deve ocorrer, pois o governo Temer está usando a violência policial para impor esse ataque imenso aos trabalhadores do país, em nome do aumento dos lucros das empresas e do pagamento de juros aos bancos e credores internacionais.

Mais do que nunca a união e a luta são necessárias!