FINDECT QUER QUE TRABALHADORES DECIDAM DEMOCRATICAMENTE SOBRE PROPOSTA DO TST
Notícia publicada dia 22/08/2017 18:06
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Na reunião de conciliação, com o objetivo de propor uma solução mediada para o plano de saúde da categoria, ocorrida na manhã de hoje (22), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Emmanoel Pereira propôs a prorrogação do acordo coletivo da categoria, até dezembro de 2017, para que haja a possibilidade de ampliar a discussão que leve a uma proposta viável acerca do plano de saúde dos ecetistas.
Em contrapartida, o juiz propôs que os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios assumam o compromisso de não realizar greve, durante o período de vigência da negociação entre as partes.
Diante da surpreendente proposta, as entidades de trabalhadores reuniram as lideranças presentes para tomar sua decisão. Por sua vez, os Correios decidiram cancelar o início da negociação, que tinha reunião marcada para a tarde de hoje.
FINDECT DEFENDE DECISÃO COLETIVA E DEMOCRÁTICA
A FINDECT, com a presença de representação de sindicatos de diversos estados, optou por não tomar uma posição, sem que os trabalhadores fossem escutados. Por isso, a Federação encaminhou ao ministro do TST o pedido de um prazo para a realização de assembleias, onde a categoria possa se manifestar de forma coletiva e democrática.
O presidente da FINDECT, José Aparecido Gimenes Gandara, disse que a renúncia ao direito de greve não pode ser uma decisão a ser tomada, sem que os trabalhadores sejam ouvidos. Gandara também criticou a decisão unilateral da empresa de desmarcar a abertura da negociação da campanha salarial.
Segundo Gandara, a negociação das demais cláusulas do Acordo Coletivo não precisariam ser paralisados, em detrimento da proposta de construção de uma solução ao plano de saúde, que poderia andar paralelamente.
O ministro acolheu o pedido da FINDECT de dar um prazo para que as entidades consultem os trabalhadores, frente a proposta. Emmanoel Pereira decidiu dar 15 dias para que os trabalhadores apresentem sua resposta, com mais 5 dias para que a empresa se posicione diante do que os ecetistas decidirem.
O prazo, no entanto, é considerado reduzido. Segundo o vice-presidente da FINDECT, Elias Cesário (Diviza), os 15 dias corridos não serão suficiente para assegurar que todos os sindicatos realizem assembleias.