Gestão do CEE Vila Santa Catarina deixa Covid avançar e culpa os próprios trabalhadores

Notícia publicada dia 16/12/2020 10:36

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Ciente de três casos confirmados na unidade, a gestão não afastou ninguém, não pôs em prática os protocolos de saúde e nem tomou providências para evitar o avanço da contaminação.

Questionado pelos trabalhadores, mostraram que estão na escolinha da direção militar da ECT e da ultradireta do governo, jogando a culpa na representação dos trabalhadores, o Sindicato, e apostando na confusão e na divisão do pessoal do setor.

A direção da empresa pratica o negacionismo desde o começo da pandemia. Nem máscaras queria fornecer. Não resolve problemas estruturais nas unidades, não evita aglomerações, não garante segurança para as entregas, resiste a afastar os trabalhadores que tiveram contato com contaminados por covid, nem higieniza adequadamente para evitar contaminação.

Essa irresponsabilidade desumana com a vida dos ecetistas e seus familiares é partilhada em muitos setores, onde a gestão faz exatamente o que a ECT quer, sem nenhum compromisso com a saúde e a vida dos seus subordinados.

E ainda aparecem espertalhões, que tentam enganar os trabalhadores, jogando confusão e divisão, para tirar a culpa dos que geram o problema, que é a direção da ECT e eles mesmos, o colocá-la nos próprios trabalhadores e seus representantes.

É uma inversão absurda, um conto do vigário. Como no caso do CEE Vila Santa Catarina.

Questionado pelos trabalhadores após confirmação de três pessoas contaminadas na unidade, a gestão deu respostas evasivas tentando jogar a culpa no sindicato, porém não tomaram as devidas providências, a começar pelo afastamento do trabalho presencial dos demais trabalhadores e imediata desinfecção do setor.

Situação parecida ocorreu há alguns meses, quando o Sindicato flagrou trabalhadores atendendo clientes sem o uso de máscaras. A gestão foi cobrada prontamente numa visita do sindicato.

Em vez de assumir que deixa a contaminação rolar solta porque concorda com a política da direção da empresa, que aceita deixar os trabalhadores adoecerem e correrem risco de morte, que não tem nenhum compromisso, respeito e responsabilidade com o pessoal, eles agora jogaram a bola de volta no colo dos próprios prejudicados com a situação.

O Sindicato está na luta

A obrigação de tomar medidas para evitar a proliferação da doença e proteger a saúde e a vida dos trabalhadores, seus familiares e usuários é da diretoria da empresa e da gestão da unidade. Se ela nada faz, é porque não quer. Concorda com a política genocida e superexploradora da direção militar da ECT.

Por isso o Sindicato é obrigado a agir, tomar medidas políticas e judiciais para obrigar a empresa no cumprimento dos protocolos de saúde. É um absurdo, mas é a realidade.

“Reiteramos a denúncia realizada na Vigilância Sanitária devido a precariedade nas condições sanitárias da unidade e solicitamos a vistoria da unidade pelo técnico de segurança do trabalho do Sindicato para a realização de laudo técnico e quando tiver a confirmação dos casos em mãos, o Sindicato vai exigir o cumprimento do protocolo sanitário e saúde na unidade. Vai à justiça se for preciso”, disse Douglas Melo, diretor do SINTECT-SP.

O SINTECT-SP está atento ao caso e como faz em todos os setores que não foram tomadas as devidas medidas e deixaram a contaminação correr solta, colocando a vida de todos em risco, está agindo para coibir tal situação.

OFÍCIO CEE VILA SANTA CATARINA

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