As gerências regionais aplicam políticas de ameaças e terror para obrigar o pessoal a trabalhar em nível sobre-humano, sem folgas e além da jornada, sem direito a protocolos rígidos para evitar a contaminação por coronavírus, nem de equipamentos de qualidade, distanciamento e higienização adequada de setores, tudo para o pessoal dar conta do excesso de trabalho provocado pela ação destruidora do governo, da direção da empresa e da gestão operacional.

Com isso se colocam como instrumento do negacionismo do governo em relação à pandemia, responsável por quase 500 mil vidas de brasileiros levadas pela Covid, objeto de uma CPI no Senado Federal, e do sucateamento e destruição dos Correios aplicados para enfraquecer e desacreditar a ECT, como instrumento de preparação para a privatização criminosa esse inestimável patrimônio nacional.

Será que esses imitadores de ditadores acreditam que ganharão alguma coisa mostrando serviço e puxando o saco do governo e a direção militar da empresa? Será que acreditam que com isso não dançarão, se a empresa for privatizada? Será que esperam ganhar poder, cargo, dinheiro numa estrutura privatizada?

Se for isso, não entendem nada das mudanças que estão ocorrendo nas relações de trabalho.

Os interessados na privatização dos Correios não vão aproveitar dirigentes burros e truculentos, que conduzem o trabalho com um chicote na mão. Isso é antigo demais. Está superado. A nova realidade é a imposição da uberização, do trabalho individualizado, do cada um por si com seus instrumentos de trabalho. Uma realidade que precisa ser combatida por todos os trabalhadores, pois implica precarização e mais exploração da força de trabalho.

Mas pode ser que os filhotes de ditadores sejam movidos por brutalidade, desumanidade e autoritarismo mesmo.

Por personalidades afeitas aos métodos encravados na mentalidade da classe média brasileira, vinda do período de escravidão e de ditadura militar. Descobrimos depois de 2018 que há milhões desses seres no país, apoiando absurdos de governantes com métodos e pretensões ditatoriais.

Na maioria dos setores os trabalhadores estão expostos à contaminação e morte por Covid.

E estão sendo pressionados e ameaçados de punição para trabalhar aos domingos e feriados. Já são centenas de contaminados na região, e até caso de suicídio já ocorreu. E a pressão continua.

O Sindicato está atuando política e judicialmente. Está claro que só a luta organizada da categoria e decisões judiciais que os incriminem poderá pará-los.

Não haverá trégua enquanto essa situação perdurar, e não adianta os aprendizes de ditadores acharem que aumentando a pressão e a repressão vão calar a categoria e o Sindicato. Isso é mentalidade do passado colonial, das ditaduras da segunda guerra mundial e da década de setenta.

Xô ditadores!