Governo cede às evidências e decreta emergência, que os Correios têm de acatar

Notícia publicada dia 12/03/2021 10:39

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●O governo de São Paulo foi obrigado, pela proximidade do colapso no sistema de saúde em todo o estado, a decretar uma “fase emergencial” do Plano São Paulo a partir de 15/03, mais rígida que a fase vermelha, com maiores restrições para o controle da pandemia do novo coronavírus

●A direção militar dos Correios vai continuar virada de costas para os trabalhadores, agindo como se nada estivesse ocorrendo e expondo-os ao contágio e à morte mesmo na pior fase da pandemia e com o reconhecimento do caos pelo governo?

Os trabalhadores dos Correios não tiveram direito ao isolamento social na pandemia. E continuam não tendo, mesmo com o caos instalado pelo recorde de mortes e de contaminação.

Já são 53 os municípios que estão com 100% da ocupação dos leitos de UTI para a covid-19. No estado, a taxa é de 87% e não para de subir. Na quinta, 11/03, foram registrados 15.541 novos casos e 469 óbitos por covid em 24 horas no estado, e mais de 2300 no país.

Isso obrigou o governo estadual a acender a luz de emergência, fechar e parar quase tudo.

O transporte coletivo, usado pelos trabalhadores dos Correios para se deslocarem de casa para os setores e em trabalho, continua funcionando. Mas, para evitar aglomeração, o governo orientou o escalonamento da entrada de funcionários dos poucos setores que seguem trabalhando.

Medidas já!

É estarrecedor que a direção militar negacionista da empresa continue agindo como se nada estivesse ocorrendo, como se a situação não fosse grave, como se desse para continuar pagando cocada e petit gateau com o dinheiro da empresa impunemente.

A mando do governo, ela segue insensível, sucateando e retirando investimentos, tentando isolar os Sindicatos e na pandemia, até para garantir o fornecimento de máscaras, foi preciso ir à justiça.

Os milicos dirigentes também continuam não fechando as unidades e não higienizando quando há casos de Covid, e mesmo nessa fase aguda de contágio e recorde de mortes, deixam a categoria exposta e desassistida.

Essa direção sem escrúpulos também esconde a realidade dos Sindicatos, da imprensa e da população, não divulgando os números de contaminação e mortes entre os trabalhadores da empresa, para seguir obrigando a categoria a se expor à contaminação e à morte.

Sindicato faz exigências

A direção do Sindicato encaminhou exigências à direção da ECT:

●Não convocação de trabalho nos finais de semana – nesse caso, a orientação para os trabalhadores é pela rejeição de qualquer chamado para trabalho aos domingos e feriados.

●Rodízio de horários, para evitar aglomerações na entrada e na saída, e cumprimento da indicação do governo para horário de uso dos transportes.

●Redução da jornada sem redução de salários, para 6 horas diárias, em isonomia com a área administrativa.

●Medidores de temperatura em todas as unidades, uma providência que é o mínimo que pode ser feito para detectar casos precocemente e evitar surtos de contaminação.

●Desinfecção de todos os veículos antes do turno de cada trabalhador.

●Por prestarem uma atividade de serviço essencial, cobramos prioridade na vacinação da categoria através de ofícios ao Ministério da Saúde e Governo do Estado de São Paulo.

OFÍCIO VACINA TRABALHADORES DOS CORREIOS 1001 / 2020

OFÍCIO VACINA TRABALHADORES DOS CORREIOS 1002 / 2020

OFÍCIO VACINA TRABALHADORES DOS CORREIOS 1003 / 2020

OFÍCIO VACINA TRABALHADORES DOS CORREIOS 1004 / 2020

OFÍCIO SINTECT-SP 231 / 2021

OFÍCIO SINTECT-SP 232 / 2021

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