A assembleia realizada nesta tarde confirma a disposição de luta e mobilização da categoria e a aprovação da manutenção da greve iniciada em 7 de agosto; trabalhadores exigem reajuste salarial e redução no custeio no plano de saúde. Centrais sindicais manifestam apoio à greve.

Os trabalhadores dos Correios em São Paulo, reunidos em assembleia na tarde desta quarta-feira, decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A paralisação, que teve início no dia 7 de agosto, é motivada por reivindicações de um reajuste salarial imediato e linear, a redução do custeio do plano de saúde – considerado essencial pela categoria – e o reajuste nas funções dos trabalhadores motorizados. Além disso, a categoria exige a realização de concurso público, o reajuste dos benefícios e a volta de direitos retirados durante o governo anterior.

A assembleia, realizada na quadra da Escola de Samba Unidos do Peruche, contou com uma grande participação de trabalhadores, evidenciando a forte adesão e a disposição de luta da categoria. A decisão de intensificar o movimento grevista foi tomada como resposta à falta de avanços nas negociações. Mesmo após 14 reuniões e 7 dias de forte greve, a empresa não apresentou uma proposta satisfatória que atendesse às demandas dos trabalhadores, o que gerou ainda mais insatisfação entre os grevistas.

Os trabalhadores repudiaram o impasse nas negociações, que evidencia o descaso da direção da ECT em solucionar as questões apresentadas. Diante desse cenário, o sindicato orienta a intensificação dos piquetes e a realização de atos regionais para fortalecer ainda mais o movimento.

Em apoio aos trabalhadores, as principais centrais sindicais do país divulgaram nota pública, manifestando solidariedade à greve dos Correios e reforçando a importância da união da classe trabalhadora na luta por melhores condições de trabalho.

A próxima assembleia está marcada para a segunda-feira, dia 19, no mesmo local, onde os trabalhadores discutirão os próximos passos da greve. O SINTECT-SP convoca toda a categoria a intensificar a paralisação amanhã, quinta-feira e sexta-feira. Vamos nos manter firmes e fortes, até a vitória!