Luta por redução das passagens é legítima
Notícia publicada dia 28/06/2013 19:07
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O SINTECT-SP apoiou as manifestações realizadas pela redução das passagens do transporte público e participou do movimento, através de seus Diretores e muitos Delegados Sindicais e sócios.
Na verdade, é preciso ir além da redução da tarifa. O transporte público tem que melhorar, e muito. Nos últimos anos, enquanto o número de usuários aumentou, a frota de ônibus foi reduzida. Metrô e trens são insuficientes para uma cidade como de São Paulo e sua região metropolitana. O resultado é a rotina de sufoco que os trabalhadores passam para chegar ao trabalho, amargando horas em ônibus, trens e metrôs lotados.
As demais áreas sociais também precisam melhorar. Todos sabem que a saúde em São Paulo está um verdadeiro caos. Faltam hospitais e demais unidades de atendimento, e as existentes são mal aparelhadas. A educação vai no mesmo caminho. A falta de vagas e profissionais é grande nas escolas de todos os níveis.
A presente mobilização, cujo mote foi a revogação do aumento das passagens, já conquistada em São Paulo e vários outros locais, começou com estudantes e acabou ganhando a população, que encontrou uma válvula para descarregar o descontentamento com a má prestação de serviços pelo estado. Os governantes devem entender o direito legítimo da população se manifestar, suas demandas, e abrir canais de diálogo e negociação com a sociedade para buscar saídas para os problemas apontados.
Se as manifestações foram e são absolutamente legítimas e democráticas, a violência é inaceitável. A brutal repressão policial contra os manifestantes que se viu em São Paulo é uma mostra de que o poder público não tolera vozes discordantes, e que está articulado para reprimir e criminalizar movimentos e manifestações populares. Ações de depredação e saques praticados por uma minoria são igualmente inaceitáveis.
Já a falta de direção, a espontaneidade da mobilização e a negação dos partidos políticos, mesmo de esquerda, preocupam. Sem uma direção consciente que conduza o movimento, apontando reivindicações e formas de luta apropriadas, não haverá vitória consistente e duradoura.
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