25 de julho: Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia de Tereza de Benguela
Notícia publicada dia 25/07/2022 09:26
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Em São Paulo, as mulheres marcharão em um grande ato que se concentrará na Praça da República, a partir das 17h30.
O SINTECT-SP celebra na próxima segunda, dia 25 de julho, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em homenagem a luta e a resistência das mulheres negras. No Brasil, a data também é uma homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê.
Em 1992, quando ocorreu o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, nasceu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas que, junto à Organização das Nações Unidas (ONU), lutou para o reconhecimento da data.
No Brasil, o dia 25 de julho também se comemora o Dia da Mulher Negra e Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século XVIII, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança.
O dia 25 de julho é um marco na luta das mulheres negras contra o racismo e uma oportunidade para trazer este tema à tona. Estudos apontam a triste realidade que atinge massivamente a população negra, principalmente mulheres, incluídas as transsexuais.
De acordo com associação de Mujeres Afro, na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas (54% da população) se identificam como negras. E tanto no Brasil quanto fora, esse grupo é o que mais sofre com as desigualdades socioeconômicas e raciais.
Diretoras do SINTECT-SP reforçam a importância da celebração da data com muita luta e resistência
No julho das Pretas, nós mulheres negras ecetistas chamamos a atenção para a misoginia patriarcal e para a naturalização de absurdos racistas e denunciamos a desigualdade e o fascismo do governo genocida de Bolsonaro.
“Fortaleceremos a luta das mulheres negras com esta atividade. As mulheres negras são as maiores vítimas de diversos problemas latentes da sociedade brasileira. Desde os postos de trabalho e remuneração, passando pela violência doméstica até os números de mortes pela Covid-19. Vamos caminhar ao lado das mulheres negras pelo fim do racismo e do machismo institucionalizado”, afirmou Silvana Azeredo, diretora do SINTECT-SP.
Para a diretora Francisca, “Somos maioria no país, e nós mulheres negras no Brasil temos o dever de ir às ruas no dia 25 de julho, precisamos ampliar as nossas estratégias políticas no coletivo. Vamos à luta”, enfatizou.
“Após dois anos de atividades virtuais, por conta da pandemia de Covid-19, o Julho das Pretas deste ano retoma suas atividades presenciais marcando presença nas ruas com diversos atos e manifestações por todo o país, aqui em São Paulo será na praça da República e convocamos todas as mulheres trabalhadoras”, disse a diretora Michele Souza.
Precisamos nos mobilizar na ofensiva contra esse modelo. O momento nos exige muita organização e a capacidade de nos articular para fazer lutas que possam alterar nossa vida cotidiana, para transformar a história, combater as desigualdades e racismo.
Bora lá, mulherada. Faltam 1 para reocuparmos as ruas! Segunda, 17h30, nos vemos na Praça da República!