Com álcool gel e máscaras insuficientes, categoria enfrenta duas batalhas: a negligência da direção da ECT e o Coronavírus
Notícia publicada dia 23/04/2020 20:06
Tamanho da fonte:
Categoria agora torce pela recuperação dos que adoecem!
A recuperação do companheiro Elias Martins, do CDD Macedo, em Guarulhos, na luta conta o coronavirus, evidencia uma situação terrível em que a direção da ECT joga toda a categoria ao manter o pessoal trabalhando sem rodízio e escala, sem os EPIs necessários e sem isolar o setor, afastar os trabalhadores e desinfectar adequadamente as unidades em que há casos de contágio confirmados!
Após contrair o vírus e ficar dias internado, o companheiro se recuperou, teve alta e já está de volta ao seu lar. Um alívio, mas poderia ter sido muito diferente. O SINTECT/SP torce pela recuperação de todos os companheiros que testaram positivo para a Covid-19.
O SINTECT-SP e a FINDECT acompanharam de perto esse caso, como também o de outros trabalhadores que testaram positivo para Covid-19 e estão afastados em recuperação.
Todos os diretores do SINTECT-SP estão acompanhando, orientando e dando total assistência aos trabalhadores da base, inclusive mantendo contato permanente com os trabalhadores internados ou com suspeitas, além de oferecer todo o apoio necessário às famílias nesse momento, seja de questões burocráticas na empresa quanto ao convênio médico.
O Sindicato vem cobrando a direção dos Correios e atuando no âmbito jurídico para sanar todos os problemas quanto a falta de EPI’s aos trabalhadores que continuam atuando na atividade essencial.
Inclusive ingressando com ações judiciais contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e cobrando judicialmente o cumprimento de todas as normas de segurança e saúde apresentadas pelas autoridades de saúde, pelo Ministério da saúde e OMS.
Uso de máscaras é recomendado por governos, mas ECT ainda negligencia
Em São Paulo, o decreto Nº 59.360, de 15 de abril recomenda o uso de máscaras de proteção facial por toda população do Município como meio complementar de prevenção ao coronavirus. O mesmo ocorre em outras cidades, com casos de obrigatoriedade de uso no transporte público, como em Guarulhos.
Mas a direção dos Correios parece não se importar muito com isso e deixa os trabalhadores expostos ao vírus. Até hoje as máscaras não foram distribuídas em todos os setores, a todos e na quantidade necessária. Tem GERAE que obriga o uso de uma máscara por 4 horas, quando a recomendação é por 2 horas no máximo. Um tremendo absurdo!
Em muitas localidades de São Paulo, como também em Sorocaba, só entregaram ao pessoal que atua nas ruas. Os internos não receberam, mesmo nos setores mal ventilados e lotados de objetos postais. Se um funcionário interno estiver doente vai contaminar os demais, principalmente no horário de pico, em que todos estão internamente.
Quando testes confirmam a contaminação em algum trabalhador, a empresa se mantém negligente. Não isola o setor e não faz a desinfecção. Apenas afasta o trabalhador da direita e da esquerda e realiza uma limpeza superficial.
Entretanto, a orientação do Primeira Hora do dia 24/03, em caso de confirmação de covid-19 no setor, todo o efetivo deve ser afastado para trabalho remoto, resguardando a segurança dos trabalhadores e de suas famílias, mas a empresa não está cumprindo, assim foi nos CDDs Vila das Belezas, Taipas, Macedo, Cotia, Helena Maria, CEEs Jardins e Itaquera, do Edifício sede do Jaguaré e outros mais.
A empresa e o Governo Federal também armaram a situação para o trabalhador não ter direito a fazer a CAT caso seja contaminado. Com isso não tem direito ao benefício acidentário, mesmo com a evidência de que contraiu o vírus no exercício do trabalho.
Conte com o Sindicato, denuncie!
É obrigação dos Correios cumprir todas as medidas para evitar o contágio, inclusive no fornecimento de equipamentos de segurança e de higiene para todos os trabalhadores da categoria e clientes no atendimento das agências.
O Sindicato já realizou uma audiência com o MP para denunciar o descaso da empresa com a segurança dos trabalhadores e de suas famílias.
Alertamos que é fundamental que todos os trabalhadores continuem usando todos os equipamentos e itens de segurança e higiene necessários para evitar o contágio.
O SINTECT-SP orienta que na falta de qualquer item de segurança, o trabalhador deve entrar em contato com um dos diretores do sindicato de sua região para cobrarmos providências da empresa e acionar os departamentos de vigilância sanitária e judiciário.