Negociação começa nesta terça. Você está preparado para essa Campanha Salarial?

Notícia publicada dia 22/08/2017 11:43

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A direção da ECT vai tentar fazer o maior ataque aos direitos da categoria em 350 anos de história dos Correios, e nós teremos de fazer a maior luta!

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Muitos companheiros ainda não se deram conta da tsunami que está por vir sobre os direitos dos trabalhadores brasileiros. Os deputados e senadores empresários e deputados e senadores que representam empresários aprovaram a reforma trabalhista junto com o governo Temer. Trata-se de um ataque colossal aos direitos trabalhistas, ao acesso à justiça do trabalho e ao direito à organização e representação sindical.

As mudanças passam a valer em 11 de novembro, mas as empresas privadas e públicas estão querendo antecipar. A CEF, por exemplo, já anunciou que não fará mais concursos e só contratará bancários terceirizados, sem direitos, sem adicionais, sem estabilidade e com salários menores.

Além disso tem a possibilidade de parcelar férias, de aumentar a jornada diária a até 12 horas, do trabalho intermitente (sabe o que é, certo?), de reduzir o tempo de descanso pela metade, do trabalho das gestantes em ambiente insalubre, do acordo de trabalho individual, que deixa você sozinho para negociar com o patrão, e do pior de tudo, que é a possibilidade de fechar acordos com menos do que o que está na lei, o tal do negociado sobre o legislado.

Da mesma maneira que os empresários e seus representantes no Congresso Nacional e no governo não têm escrúpulos e estão tirando até o fígado dos trabalhadores, seus paus mandados nas direções das estatais também. Não tenha dúvida. Guilherme Campos é exatamente igual aos parlamentares que aprovaram a reforma trabalhista. E caia na real, não se deixe enganar pela mídia patronal. Essa reforma não moderniza nada! Ela faz as relações de trabalho voltarem a condições do começo do século dezenove.

Campos vai querer depenar a categoria

O ataque ao convênio médico mostra isso. O presidente e o resto da direção da ECT querem acabar com nosso maior benefício só para economizar e aumentar o lucro da empresa, e mandar mais dinheiro para o governo encher o bolso dos banqueiros com pagamento de juros da dívida pública, e torrar com compra de votos para seus interesses, como foi na votação sobre a denúncia contra Temer.

Nessa terça, a primeira reunião será no TST para discutir a proposta que o Tribunal fez para o compartilhamento do convênio, com aumento do que pagamos hoje e retirada de pais e mães. A ECT, para reforçar sua posição e nos impor essa derrota, apelou para a justiça.

Além disso, circulou nas redes sociais uma lista de direitos que temos, conquistados em dezenas de anos de lutas, que estão um pouco acima do que define a legislação trabalhista (e que são necessários para compensar minimamente nossos baixos salários). Essa lista teria sido feita pela direção da empresa como indicativo de tudo que eles querem mudar. Ou seja, a estratégia dela é reduzir todos os direitos e benefícios ao que está na lei, para depois reduzir ainda mais, usando as novas regras aprovadas com a reforma trabalhista.

E assim como na CEF, Guilherme Campos já está encaminhando o fim do concurso público e a terceirização da mão de obra nos Correios. Ele fala isso abertamente na imprensa, sem escrúpulos. Insiste que isso é modernização, adequação dos Correios à realidade e tendências do mercado. Isso é adequação dos Correios à realidade que os empresários e o governo querem, funcionando com poucos trabalhadores que são tratados como escravos, sobrecarregados de trabalho, com salários que mal dá para comer e sem benefícios. É semiescravidão.

Companheiro, não tenha dúvida. Nossa categoria enfrentará a maior batalha de sua história a partir dessa Campanha Salarial. Se não vencermos, nossos direitos e nossa empresa não sobreviverá. Todos na luta!

Nossa luta é por: reposição integral da inflação, com reajuste salarial linear de R$ 300,00, além do reajuste nos benefícios em 10%; manutenção da assistência médica, (com melhorias no sistema, a fim de evitar novas suspensões e descredenciamentos), Vale Extra (vale peru) no valor de R$ 1.066,09, e Manutenção do calendário de férias, suspenso no mês de março. A Pauta de Reivindicações completa, protocolada pela FINDECT no dia 19 de julho, pode ser conferida aqui!
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