Mediante algumas reclamações que os diretores do SINTECT/SP receberam  sobre as difíceis condições de trabalho do CDD Guaianazes,  no dia 23/11 o SINTECT/SP encaminhou ofício para a ECT, informando que haveria uma paralisação no dia 30/11, como pode ser visto abaixo no documento oficial:

Os trabalhadores protestavam por melhores condições de trabalho, pois o prédio onde é instalado o CDD Guaianazes funciona de forma precária, sendo que foi ressaltado pelos funcionários como o principal problema a questão da limpeza do ambiente. Em depoimentos os trabalhadores informaram que o CDD não tem sequer uma faxineira, e que os banheiros estavam em condições deploráveis, quase impossibilitados de serem usados.

Além disso, a sobrecarga de trabalho é outra grande preocupação dos trabalhadores do CDD Guaianazes, que reclamam da elevada quantidade de encomendas, e principalmente da falta de efetivo para que possam dar conta do imenso volume de correspondências que chegam diariamente ao prédio.

E mais uma vez, entrou em pauta a discussão do problema dos frequêntes assaltos que os funcionários vêm sofrendo. Durante todo o dia apenas um carro de escolta passou por lá, para acompanhar somente uma viatura de Sedex. Foi mencionado também pelos trabalhadores um outro problema relacionado à segurança: as travas automotivas, que no caso da abordagem de assaltantes, gera a suspeita dos mesmos sobre o motorista, que tenta explicar a questão aos meliantes, mas como todos sabem não adianta de nada. Outra reclamação dos motoristas sobre as travas automotivas é a de que, muitas vezes, eles tem apenas cerca de 30 segundos para digitar o código de abertura das travas, saírem do carro, darem a volta e encontrar a encomenda correta dentre tantas outras dispostas na viatura.

A Carta Resposta da ECT foi a seguinte:

Unidade dos trabalhadores força ECT à ouvi-los

Como havia sido comunicado anteriormente à ECT, no dia 30 de novembro os diretores do Sindicato Antonio Abel, Inácio Tubarão, David de Jesus e Clodoaldo Alves estavam presentes no CDD Guaianazes para cobrar providências, e mais uma vez a ECT negou-se a enviar seus representantes, no já conhecido jogo da “antecipação”, pautando-se sempre pelo velho “já passamos por aí ontem”.

Mas devido a força demonstrada pelos trabalhadores do CDD Guaianazes junto ao sindicato, que paralisaram suas atividades e estavam dispostos a permanecer de braços cruzados enquanto suas reivindicações não fossem ouvidas, e também a chegada do Presidente do SINTECT/SP Diviza, a ECT acabou cedendo e enviou seus representantes para o CDD.

Após um longo debate sobre as questões já citadas acima, do qual participaram, além dos diretores do sindicato e representantes da ECT, alguns representantes da unidade, conseguimos uma Ata da Reunião ocorrida durante a paralisação, onde consta uma serie de compromissos assumidos pela ECT, que segue abaixo na íntegra, para que todos possam saber exatamente o que foi acordado entre Sindicato, trabalhadores da unidade e representantes da ECT:

Confira abaixo o álbum desta paralisação: